Os exercícios físicos realizados de forma regular ou frequente estimulam
o sistema imunológico, ajudam a prevenir doenças, moderam o colesterol, ajudam
a prevenir a obesidade, melhoram a saúde mental e ajudam a prevenir a
depressão, entre outras.
O exercício físico obriga a que o coração bombeie mais sangue,
oxigenando as células, permitindo que estas realizem melhor as suas funções.
Tudo parece indicar que a prática desportiva não só treina os nossos
músculos, mas também pode treinar o nosso cérebro.
Segundo diversos estudos, uma simples rotina diária durante três meses
pode provocar o crescimento dos nossos neurónios em determinadas áreas do cérebro
onde se concentram as funções relacionadas com a aprendizagem e a memória – o hipocampo.
O exercício vigoroso melhora a interligação dos neurónios existentes, de
modo a que o cérebro funcione mais rápida e eficazmente.
A prática continuada de exercício pode não só atrasar o envelhecimento
das funções mentais, como até invertê-lo.
As experiências efetuadas em animais – nomeadamente ratos e outros
roedores – em que lhes foram induzidas doenças como o Alzheimer ou Parkinson,
indicaram que o exercício físico pode ajudar a travar a deterioração mental
associada a estas doenças.
Estuda-se, inclusivamente, a hipótese de que a atividade física possa
servir para a recuperação de tecidos nervosos que tenham perdido a sua
funcionalidade, como nervos seccionados em acidentes que inibem o movimento e a
sensibilidade dos músculos afetados.
O aspeto de um organismo, considerando determinados caracteres dentro do
campo hereditário, leva a que os diferentes tipos de doenças de que o ser
humano padece, a sua frequência e distribuição no âmbito das diferentes
populações, variem em função das diferentes etnias, padrões culturais, assim
como as diversas regiões geográficas. Estas variáveis são determinantes da
probabilidade de certas doenças se manifestarem ou não.
A prevalência de uma doença representa a proporção de membros de uma
população com uma determinada doença durante um certo período de tempo. Já a
incidência reporta o número de novos casos de uma doença, num intervalo
temporal definido. A diferença entre estes dois conceitos consiste em que a
prevalência estima, de forma percentual, os casos totais de uma patologia de
forma cumulativa, independentemente de quando se contraiu a doença, enquanto a
incidência apenas contabiliza as pessoas que adoeceram durante um determinado
período.
A nível sanitário, o conhecimento, o estudo sobre as causas das doenças,
dos sinais e sintomas que se manifestam, como também das prevalências e
incidências nas diferentes regiões do planeta, permitem estabelecer os riscos
que se correm e deverão conduzir ao desenvolvimento de medidas de prevenção que
influenciem favoravelmente a saúde humana.
O cancro é um conjunto de doenças causado pela multiplicação
descontrolada de certas células do nosso corpo, danificando o tecido ou órgão
onde se deu a origem do tumor. As causas desse descontrolo são genéticas e
múltiplas (mutações, metilação do ADN) e qualquer das nossas células pode
desencadear o processo tumoral. Devido a esta complexa diversidade e o facto de
o cancro fazer parte do nosso próprio organismo, transformam esta doença num
autêntico desafio.
Graças ao conhecimento molecular de muitos dos processos cancerosos os
cientistas estão a desenvolver fármacos específicos, mais eficazes contra os
tumores e com menor capacidade de destruição para as células saudáveis,
augurando boas perspectivas no tratamento desta complexa doença.
Será possível que um fármaco que funciona no tratamento de uma doença
num paciente, seja ineficaz noutro doente que padeça da mesma doença? O ser
humano partilha um genoma comum, mas existem variações mínimas que ao serem
modeladas pelo ambiente (alimentação, doenças, etc.) geram caracteres
hereditários diferentes. Assim como existem pessoas magras ou gordas, altas ou
baixas, loiras, morenas ou ruivas, brancas ou de cor, também a resposta a um
medicamento não será igual para todos.
Desperdiça-se muito dinheiro e recursos em tratamentos ineficazes em
mais de 50% dos doentes tratados, sem se conseguir resolver o problema
sanitário. A farmacogenética é a disciplina científica que procura dar
respostas, associando o êxito ou toxicidade de um fármaco com a sequência genómica
particular de cada indivíduo, graças ao grande avanço tecnológico que a
biologia tem conseguido nos últimos anos. Os ensaios clínicos dos fármacos em
desenvolvimento têm tido impacto, mas tornam ainda mais complicados os estudos
para quantificar da melhor forma os alcances dos compostos em análise.
Num futuro que poderá não estar muito distante, o médico poderá ter
acesso a um ficheiro contendo um código que representa a carga genética
particular do seu paciente e, perante qualquer doença, poderá administrar os
melhores medicamentos e nas doses adequadas a cada caso específico, obtendo-se
um melhor uso dos recursos e um maior êxito na saúde.
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