O fanatismo é a única forma de força de vontade acessível aos fracos.Friedrich Nietzsche

sábado, 31 de outubro de 2015

As alterações climáticas



As alterações climáticas podem ser causadas por processos ligados ao sistema Terra-atmosfera, por forças externas como as variações na atividade solar, que vão desde a energia que chega à Terra até às variações da própria órbita terrestre ou, como parece acontecer mais recentemente, pelo resultado da atividade humana. Em suma, as variações climáticas tanto podem ser o efeito de processos naturais como decorrentes da ação do homem.
Os efeitos das alterações climáticas provocadas pela ação humana, terão começado a partir da Revolução Industrial com a rápida intensificação da utilização dos combustíveis fósseis, aumentando a poluição atmosférica através da emissão dos gases de efeito de estufa.
Qualquer evento que chame a atenção da humanidade para os efeitos que a poluição está a causar nos ecossistemas e na vida do planeta, terá impacto nas consciências coletivas e, quanto mais não seja, ajudará a formar grupos de pressão para que se adotem formas de produção menos poluidoras e se refreiem consumismos exacerbados. Assim, documentários, palestras, fóruns, campanhas de sensibilização, ou outros, que visem alertar, sensibilizar e educar para a prevenção de males maiores, são sempre positivos.
As preocupações ambientais generalizaram-se entre finais da década de 60 e início da década de 70 do século passado. No entanto, as raízes do ambientalismo e os movimentos pioneiros, principalmente ingleses e norte-americanos, iniciaram-se já no século XIX.

sábado, 24 de outubro de 2015

O financiamento da atividade económica



Riqueza pode ser definida como o conjunto de bens patrimoniais destinados a serem fruídos como bens de consumo e de lazer.
Capital é a designação dada ao conjunto de bens financeiros e bens de produção destinados a produzir bens e serviços.
Quando nos referimos a financiamento interno estamos a falar de autofinanciamento, ou seja, a capacidade de garantir, com o seu próprio capital, a execução de projetos de investimento, modernização ou reconversão da atividade económica da empresa. Já quando referimos o financiamento externo falamos do recurso a empréstimos junto de instituições financeiras, ou seja, o recurso ao crédito – financiamento indireto – ou o recurso ao mercado financeiro através da emissão de títulos na bolsa – financiamento direto.
Estruturalmente, as famílias têm uma poupança líquida positiva, ou seja, possuem excedentes de receitas que lhes permitem uma acumulação de poupanças – o que não invalida que muitas tenham problemas de endividamento ou mesmo sobre-endividamento. Os agentes económicos – Estado e empresas – por vezes não conseguem fazer face ao total dos seus investimentos, porque as suas capacidades de poupança são menores que as suas necessidades de financiamento.
O crédito consiste na utilização de recursos financeiros em troca da promessa de pagamento em data posterior (empréstimos, crédito dos fornecedores, vendas a prestações). Traduz-se num ato de confiança que se concretiza na negociação do empréstimo com a contrapartida da promessa de um prazo para reembolso e o pagamento de uma taxa de juro. O crédito financia, quer as atividades de produção, quando concedido às empresas, quer as de consumo, quando é concedido às famílias.
A concessão de crédito funciona como um processo de criação de moeda ao gerar um volume de moeda «escritural» maior que o seu valor inicial, que é injetada na economia, aumentando o volume de moeda em circulação, o que corresponde a um aumento de oferta de moeda.
Esta aumento de oferta de moeda traz implicações na atividade económica provocando tendencialmente a subida dos preços, estimulando a atividade económica pelo mecanismo da oferte e da procura, e numas primeira fase provoca ainda uma baixa da taxa de juro, a qual estimula a economia pelo aumento do investimento
Por sua vez a diminuição da oferta de moeda, menos crédito, provoca uma descida dos preços, arrefecendo a atividade económica, provocando, numa primeira fase, o aumento da taxa de juro, o que desacelera a atividade económica pela diminuição do investimento.
Para manter um relativo equilíbrio da atividade económica, os governos podem adotar medidas de caracter fiscal ou outras que incentivem ou desincentivem a procura e, através dos bancos centrais, recorrer a políticas monetárias, nomeadamente, ao aumento ou abaixamento das taxas de juro.

sábado, 17 de outubro de 2015

Os direitos do consumidor


O direito do consumidor é um conjunto de regras que tem como objeto regular as relações entre o fornecedor de bens e/ou serviços e o consumidor, proteger as relações jurídicas entre estes, e resolver conflitos que afetam mais diretamente o consumidor, procurando reduzir os abusos que podem estar submetidos numa relação de consumo.
A proteção do consumidor passa pela divulgação de informação sobre a qualidade dos bens e serviços postos à disposição, pela consciencialização dos consumidores quer em relação aos seus direitos quer aos seus deveres, assim como pela consciencialização dos fabricantes, fornecedores e prestadores de serviços sobre as suas obrigações, e exercer pressão sobre as entidades públicas para que os direitos dos consumidores sejam efetivamente respeitados.
O Portal do Consumidor ou o Portal do Cidadão, no âmbito do apoio ao consumidor, oferecem informações e prestam auxílio nas seguintes áreas:
1.       Consumo;
2.       Direitos e deveres dos consumidores;
3.       Reclamações e queixas dos consumidores;
4.       Ações de educação e formação sobre o consumo;
5.       Documentação especializada;
6.       Centros de Arbitragem de Conflitos de Consumo;
7.       Organizações de consumo.
Regra geral, nas aquisições de bens ou serviços defeituosos, o consumidor reclama junto do fornecedor e, normalmente, depois de uma verificação a reclamação é atendida.
Nos casos em que o fornecedor não atende à reclamação, e se o bem for de baixo valor económico, os custos judiciais e as perdas de tempo por norma ultrapassam grandemente o valor do bem, pelo que o consumidor desiste da reclamação. Em casos de fornecimento de serviços e que envolvem empresas com alguma dimensão, o consumidor recorre a uma associação de defesa do consumidor que intermedeie na resolução do problema, e por vezes em casos de mais difícil resolução, alguns consumidores mais bem informados recorrem aos meios de comunicação social para, como forma de publicidade negativa, pressionar a empresa envolvida.

domingo, 11 de outubro de 2015

Refugiado - Migrante



Segundo o dicionário, refugiado é aquela “pessoa que se refugia; que abandona o seu país e procura abrigo noutro, para escapar a perseguição, guerra, etc.” (Porto Editora). Aquele que foi obrigado a sair da sua terra natal por qualquer tipo de perseguição; quem se refugiou; pessoa que busca escapar a um perigo. O refugiado político é aquele que foi obrigado a deixar sua pátria por sofrer perseguição política. Refugiado é quem se encontra em refúgio, em local seguro e protegido.
O migrante ambiental é aquele que não encontrando condições de sobrevivência em virtude da degradação ambiental – erosão do solo, seca ou outros – toma a decisão voluntária de abandonar a sua região.
O refugiado ambiental é aquele que em resultado de uma mudança ambiental súbita e normalmente irreversível – catástrofe natural ou consequência de alterações no ecossistema provocadas pelo homem – se vê forçado a deixar a sua terra.
Na origem destas migrações estão fatores ambientais naturais e provocados pela ação do homem. As alterações climáticas, a subida do nível dos oceanos e os sequentes alagamentos, os ciclones ou tufões, a seca, a erosão dos solos, a atividade vulcânica, a pobreza e a fome, são condicionantes que levam populações, de forma voluntária ou não, a deslocarem-se na procura de melhores condições para sobreviver.
A estes tipos de migrantes temos ainda a acrescentar os refugiados políticos e os refugiados de guerra.
Todos estes casos englobam pessoas privadas dos mais elementares direitos humanos, que fogem, na sua maioria, da pobreza extrema e da ameaça imediata às suas vidas. Pessoas que são alvo de perseguição devido à sua etnia, religião, por pertencerem a um grupo social, político ou mesmo por causa da sua nacionalidade.
Os fluxos de pessoas deslocadas provocam a concentração excessiva de pessoas em locais sem grandes condições de sobrevivência e, paradoxalmente, estas massas humanas continuam a defrontar-se com a falta de recursos – falta de água, de alimentos, de condições sanitárias, de higiene, etc. – causando a degradação ambientam no local da concentração e a proliferação de epidemias.
Para além do problema humano das próprias populações migratórias, os países acolhedores veem-se forçados a providenciar recursos em seu auxílio, adicionando mais um problema às suas próprias dificuldades em consequência do fluxo migratório. O aumento do desemprego e a marginalidade são normalmente o rastilho para o desencadear de novos conflitos sociais e raciais, quer com os cidadãos do país entre si, quer com os migrantes, quer entre os próprios migrantes, na luta pela sobrevivência.

sábado, 3 de outubro de 2015

Distinção entre Ética e Moral

A Ética é um conjunto de reflexões teóricas sobre o que é o bem e o mal, estabelecendo as regras e os valores que devem regular a ação humana, tendo em vista a sua harmonia.
A Moral remete-nos para uma dimensão prática do conjunto de valores que uma dada sociedade foi formando ao longos dos tempos e que os indivíduos tendem a sentir como uma obrigação.
Os conceitos de Ética e Moral são conceitos de natureza axiológica (o bem, o belo, a verdade, o sagrado e outros de ordem espiritual) que, por vezes, se confundem. Apesar de relacionados, é comum referirmo-nos a problemas éticos, que na verdade são morais e vice-versa. A ética poderá dizer-nos, em geral, o que é um comportamento pautado por normas, ou em que consiste o fim – o bom – visado pelo comportamento moral.
Definir o que é o bom não é um problema moral cuja solução caiba ao indivíduo em cada caso particular, mas um problema geral de carácter teórico, de competência do investigador da moral, ou seja, do ético.