A qualidade de vida tem sido cada vez mais
alvo de estudo, reflexão e encarada numa perspectiva multidimensional:
biológica, psicológica, económica e cultural, uma vez que depende destes
fatores e é subjetiva. É frequentemente associada à saúde relativamente a
determinadas patologias ou intervenções, de forma a indicar os efeitos que
determinada medicação ou tratamento tem sobre a qualidade de vida dos
pacientes a eles sujeitos, o que pressupõe um estudo prévio do seu nível de qualidade
de vida, para ver se haverá ou não alterações, tornando-se oportuno investigar
as causas subjacentes, prognóstico, intensidade, etc., caso surjam variações.
Os governos investem fundos em investigações, não com
o objetivo de obter produtos que possam ser comercializáveis a curto prazo, mas
para solucionar problemas de saúde pública e ampliar o conhecimento médico em
geral.
No caso especifico da investigação em saúde, os
objectivos gerais a alcançar podem ser resumidos no seguinte:
a)
ampliar o conhecimento dos processos biológicos
e psicológicos das pessoas;
b)
ampliar o conhecimento entre as causas da
doença, a prática da medicina e a organização da sociedade;
c)
desenvolver melhores técnicas de prevenção e
controlo dos problemas de saúde;
d)
ampliar o conhecimento sobre os efeitos nocivos
de certos factores ambientais na saúde;
e)
produção de aplicações para a saúde.
É com estes objetivos em mente que o investigador
escolhe o tema da sua investigação, partindo dos problemas que se apresentem na
sua especialidade.
Há correntes que defendem que, nas investigações, se
deve ter em atenção não apenas os indicadores de mortalidade, mas também a
qualidade de vida, os custos e o impacto económico e social.
Para outras, o ter em atenção prioritariamente o
impacto em saúde da população, significa esquecer a complexidade da ciência e a
forma como ocorrem os avanços científicos. Para estes a prioridade seria a
integração da atividade científica, a interação entre as várias disciplinas por
forma a alcançar melhorias científicas que otimizem a prática da medicina em
geral.
A cultura celular é um conjunto de técnicas que
permitem cultivar ou manter células isoladas fora do organismo onde existem,
mantendo as características próprias, podendo fazer-se a partir de tecidos
humanos, animais ou vegetais.
Há dois tipos de culturas: cultura primária,
preparada diretamente de tecidos de um organismo, com ou sem o fracionamento
inicial das células; cultura secundária, com células retiradas de uma cultura
primária, podendo ser subcultivadas desta forma repetidamente, por semanas ou
meses.
A cultura celular é de grande importância em
investigação nos campos de virologia, imunologia, oncologia, engenharia de
proteínas, interação e sinalização celular, entre outras, com aplicações em
medicina e farmacologia, em terapia (manutenção e geração de tecidos para
transplantes) e industriais, como na reprodução de clones de plantas in vitro.
Entre as vantagens da cultura celular encontra-se a
possibilidade de estudar fenómenos, inacessíveis em tecidos intactos; controlar
de forma precisa o ambiente (pH, temperatura, concentração de O2 e CO2 etc.);
obtenção de células com boa homogeneidade e bem caracterizadas; economia de
reagentes, de tempo, etc.; conhecimento do comportamento e função de uma
população isolada de células.
Como desvantagens é de salientar: o elevado custo do
material; condição de crescimento da cultura; instabilidade da cultura; perda
de características; dificuldade de extrapolação para o modelo do organismo
intacto; necessidade de operadores com conhecimentos da técnica em condições
assépticas, etc.; perda de características fenotípicas; instabilidade das
células principalmente em linhas celulares mortais.
Parece serem múltiplos os obstáculos a uma prática
consistente de investigação por médicos-clínicos em Portugal, resultantes da
própria estrutura organizacional e funcional das Unidades do SNS, impondo-se, à
semelhança da prática noutros países: a) a adoção de medidas de incentivo
dirigidas às instituições de saúde; b) reforço das iniciativas dirigidas à
formação científica pós-graduada de médicos-clínicos; c) reforço e regularidade
no financiamento de projetos de investigação orientados para o doente; d)
criação de instrumentos essenciais para uma investigação médica de qualidade –
bases de dados clínicos e bio bancos.
Em vários centros de ensino já se utilizam com
sucesso vários métodos alternativos ao uso de animais, contudo ainda estão em
estudo e têm sido pouco aplicados em pesquisa científica. Ao falar-se em
métodos alternativos pensa-se imediatamente na substituição de animais vivos
mas, além da substituição, a redução e a aplicação de métodos para diminuir o
grau de sofrimento provocado aos animais, também são considerados como
alternativas.
No contexto histórico, a utilização de animais em
pesquisa e experimentação foi determinante na evolução das ciências biológicas
e da saúde. Desde Hipócrates e Aristóteles,
que iniciaram os primeiros estudos biológicos de maneira descritiva, até William
Harvey, que estudou a circulação sanguínea em
animais, e Claude Bernard, a homeostasia por via da
vivissecção -, a pesquisa tem ganhado um caráter experimental imprescindível,
vistos os resultados na elucidação da fisiologia, patologia e farmacologia,
animal e humana. Nos dias de hoje utilizam-se animais para a experimentação,
com fins humanos e veterinários, de acordo com o objecto de estudo e a sua
complexidade. Por isso, uma vasta gama de espécies podem
ser empregadas, e uma classificação geral é observada antes da escolha. Esta classificação
leva em consideração a maleabilidade pelo pesquisador, os custos de manutenção,
a representatividade dos fenómenos, e mais uma série de vantagens e
desvantagens, de acordo com a condição da população.
Os defensores dos métodos
alternativos apresentam vantagens como o custo menor (estima-se que o método
alternativo, em média, custe cerca de 30% do valor da pesquisa em animais),
economia de espaço (para criar e manter os animais, é necessária toda uma
estrutura de viveiros, como estantes, caixas, alimentação, controle de ambiente
etc.). As desvantagens são poucas, mas especialistas apontam que, em alguns
casos, a falta de interação de uma substância teste com um organismo vivo pode
atrapalhar os resultados mas, neste caso, o avanço do conhecimento científico
acabará por eliminar esse factor.
Fontes:
http://vidadequalidade.org/conceito-de-qualidade-de-vida-pagina/
http://www.liaaq.ufsc.br/aulas/Biologia%20-%20Cultura%20Celular.PDF
http://news.fm.ul.pt/Content.aspx?tabid=65&mid=414&cid=1057
http://cienciaecultura.bvs.br/scielo.php?pid=S0009-67252008000200021&script=sci_arttext
http://pt.wikipedia.org/wiki/Gnotobiologia
http://pt.wikipedia.org/wiki/M%C3%A9todo_cient%C3%ADfico
http://www.soberaniadopovo.pt/portal/index.php?news=5412
http://www.fct.unl.pt/estudante/gapa/anorexia-e-bulimia
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