sábado, 28 de novembro de 2015

Poluição do Solo e da Água

O solo é um ecossistema com características físicas, químicas e biológicas próprias, no qual se desenvolvem uma grande quantidade de diferentes formas de vida. É um recurso finito, limitado e não renovável, face às suas taxas de degradação potencialmente rápidas que têm vindo a aumentar nas últimas décadas (pela pressão crescente da atividade humana) em relação às suas taxas de formação e regeneração extremamente lentas. A formação de uma camada de solo de 30 cm leva 1000 a 10000 anos a estar completa.
A poluição do solo pode definir-se como a presença de substâncias que têm uma ação nociva na saúde do homem, nos recursos biológicos, e nos ecossistemas.
Os poluentes do solo podem classificar-se em dois tipos: endógenos, ou próprios ao mesmo solo, e exógenos, ou de origem exterior ao solo. Os poluentes mais problemáticos são os que resultam da poluição exógena, causada pela ação humana.
Durante o século XX, a população mundial triplicou. Face a este desenvolvimento exponencial da espécie humana, é cada vez mais frequente a existência de graves problemas a nível global que comprometem a promoção de um desenvolvimento sustentável. Um dos problemas que certamente comprometerá o futuro da espécie humana é a poluição das águas.
As águas subterrâneas integram a componente que não é diretamente observada pelo ser humano e também a mais lenta do ciclo hidrológico. Muitas vezes, quando ouvimos falar na contaminação das águas, surge logo a imagem de que algo de grave ocorreu na água que existe à superfície. No entanto, da pouca água doce disponível (aproximadamente 3%), 30% são águas subterrâneas.
Contrariamente ao que acontece com as linhas de água superficiais, as águas subterrâneas, quando contaminadas não conseguem auto depurar-se (capacidade de recuperar rapidamente de descargas de matéria orgânica oxidável) de resíduos desagradáveis. A razão para isto acontecer deve-se ao facto de a água subterrânea ter um movimento muito lento, ter populações muito menores de bactérias decompositoras e ser fria, o que abranda a velocidade das reações químicas de degradação de resíduos.
Os riscos para a saúde humana deste tipo de poluição são acrescidos devido ao facto da água subterrânea constituir a principal fonte de água para consumo humano direto.  
Os principais poluentes do solo e de água podem ser classificados em três grandes grupos:
a.      Derrames resultantes de atividades industriais, de atividades mineiras, do tráfego automóvel, e da construção civil.
b.      Derrame de compostos orgânicos, muitas vezes acidentais.
c.  Substâncias químicas que são adicionadas aos solos sobretudo na agricultura, como os fertilizantes e os biocidas, para combater pragas de fungos, ervas daninhas, ou insetos. Distinguem-se três tipos: fungicidas, herbicidas e inseticidas.
A gestão correta das águas subterrâneas é fundamental para a Humanidade, por isso, a ocupação do solo deve ter em conta uma eficaz política de ordenamento de território, uma vez que uma ocupação abusiva pode ter graves consequências para as águas subterrâneas e consequentemente para o Homem.

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