sábado, 14 de novembro de 2015

O aquecimento global e o buraco na camada de ozono


Efeito de Estufa
A radiação solar compreende radiações luminosas (luz) e radiações caloríficas (calor), em que sobressaem as radiações infravermelhas.
As radiações luminosas de pequeno comprimento de onda atravessam facilmente a atmosfera. Pelo contrário, as radiações infravermelhas (radiações caloríficas) de grande comprimento de onda, têm mais dificuldades em atravessar a atmosfera que, por intermédio do vapor de água, dióxido de carbono e das partículas sólidas e líquidas, as absorve em grande parte.
Por sua vez, as radiações luminosas (luz) são absorvidas pela camada superficial do Globo e convertidas em radiações infravermelhas (calor), que continuamente vão sendo libertadas para a atmosfera (radiação terrestre).
A atmosfera, tal como o vidro de uma estufa, sendo pouco permeável a estas radiações, constitui como que uma barreira, dificultando a sua propagação para grandes altitudes. Uma parte é por ela absorvida e a outra é reenviada, por reflexão (contra radiação) para as camadas mais baixas, onde se acumula e faz aumentar a temperatura.
O vapor de água, o dióxido de carbono, os óxidos de azoto, o metano e as partículas sólidas e líquidas constituem os elementos fundamentais dessa barreira, já que são eles os principais responsáveis pela absorção e reflexão da radiação terrestre.
Atualmente as suas concentrações estão a aumentar, consequência direta da atividade humana. A desflorestação (as plantas retiram o dióxido de carbono da atmosfera) e os fogos florestais, a intensa atividade industrial do último século e os transportes, fortemente baseados em combustíveis fósseis, têm levado ao aumento de CO2 (dióxido de carbono) e outros gases de efeito de estufa na atmosfera e o consequente aquecimento global.
O buraco na camada de ozono
A camada de ozono localiza-se na estratosfera, com uma maior concentração entre 16 e 30 quilómetros de altitude que nos proporciona a cor azul do céu. Com cerca de 20 km de espessura, contém aproximadamente 90% do ozónio atmosférico. É uma camada de gás rarefeita que ao nível do mar teria apenas 3 mm de espessura. O ozono (O3) é uma molécula constituída por 3 átomos de oxigénio, que tem a particularidade de absorver a radiação ultravioleta (UV) proveniente do Sol. Por esse facto, atua como um filtro que protege os seres vivos da radiação UV. Este gás é produzido nas baixas latitudes, migrando diretamente para as altas latitudes.
Ao longo dos últimos 30 anos, tem-se verificado uma rarefação da camada de ozono que protege o planeta das radiações ultravioleta, prejudiciais. Na Antártida, a camada de ozono sofreu uma diminuição tão significativa que se formou um buraco que está a aumentar gradualmente. Atualmente no pólo norte acontece uma situação semelhante .
A constante destruição da camada de ozono leva a um aumento de raios ultravioletas (UV), altamente energéticos que atingem a superfície do planeta.
Estes raios ao atingirem a Terra provocam graves problemas ao nível dos ecossistemas marinhos (destruição do plâncton), promovem a destruição do ADN das células  provocando cancro de pele, entre outros.
Os principais responsáveis são:
a.       Hidrocarbonetos totalmente cloro fluorados (CFC) e, em menor escala, hidrocarbonetos parcialmente cloro fluorados (HCFC) provenientes da refrigeração, produção de espumas expandidas, aerossóis e solventes;
b.      Brometo de metilo proveniente da fumigação dos solos na agricultura e da queima da biomassa.
Para diminuir este impacto os cidadãos devem  reduzir o desperdício da luz e não usar  aerossóis com CFCs. Apesar de há muito terem sido banidos do mercado, os aparelhos antigos de refrigeração (frigoríficos e ar condicionado) continuam a libertar CFC e, se devemos apostar na reciclagem dos nossos aparelhos em fim de vida, devemos prestar especial atenção para estes equipamentos.
A aposta nos transportes públicos e fazer pressão para que se aposte em formas de energias alternativas, como a solar e a  eólica, é também uma forma de reduzir o impacto causado pela destruição da camada de ozono e promover à sua regeneração.

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