Efeito de Estufa
A radiação solar compreende
radiações luminosas (luz) e radiações caloríficas (calor), em que sobressaem as
radiações infravermelhas.
As radiações luminosas de pequeno
comprimento de onda atravessam facilmente a atmosfera. Pelo contrário, as
radiações infravermelhas (radiações caloríficas) de grande comprimento de onda,
têm mais dificuldades em atravessar a atmosfera que, por intermédio do vapor de
água, dióxido de carbono e das partículas sólidas e líquidas, as absorve em
grande parte.
Por sua vez, as radiações
luminosas (luz) são absorvidas pela camada superficial do Globo e convertidas
em radiações infravermelhas (calor), que continuamente vão sendo libertadas
para a atmosfera (radiação terrestre).
A atmosfera, tal como o vidro de
uma estufa, sendo pouco permeável a estas radiações, constitui como que uma
barreira, dificultando a sua propagação para grandes altitudes. Uma parte é por
ela absorvida e a outra é reenviada, por reflexão (contra radiação) para as
camadas mais baixas, onde se acumula e faz aumentar a temperatura.
O vapor de água, o dióxido de
carbono, os óxidos de azoto, o metano e as partículas sólidas e líquidas
constituem os elementos fundamentais dessa barreira, já que são eles os
principais responsáveis pela absorção e reflexão da radiação terrestre.
Atualmente as suas concentrações
estão a aumentar, consequência direta da atividade humana. A desflorestação (as
plantas retiram o dióxido de carbono da atmosfera) e os fogos florestais, a
intensa atividade industrial do último século e os transportes, fortemente
baseados em combustíveis fósseis, têm levado ao aumento de CO2
(dióxido de carbono) e outros gases de efeito de estufa na atmosfera e o
consequente aquecimento global.
O buraco na camada de
ozono
A camada
de ozono
localiza-se na estratosfera, com uma maior concentração entre 16
e 30 quilómetros de altitude que nos proporciona a
cor azul do céu. Com cerca de 20 km de espessura, contém aproximadamente
90% do ozónio atmosférico. É uma
camada de gás rarefeita que ao nível do mar teria apenas 3 mm de espessura. O
ozono (O3) é uma molécula constituída por 3 átomos de oxigénio, que
tem a particularidade de absorver a radiação ultravioleta (UV) proveniente do
Sol. Por esse facto, atua como um filtro que protege os seres vivos da radiação
UV. Este gás é produzido nas baixas latitudes, migrando diretamente para
as altas latitudes.
Ao longo dos últimos 30 anos, tem-se verificado uma
rarefação da camada de ozono que protege o planeta das radiações ultravioleta,
prejudiciais. Na Antártida, a camada de ozono sofreu uma diminuição tão
significativa que se formou um buraco que está a aumentar gradualmente. Atualmente
no pólo norte acontece uma situação semelhante .
A constante destruição da camada de ozono leva a um
aumento de raios ultravioletas (UV), altamente energéticos que atingem a
superfície do planeta.
Estes raios ao atingirem a Terra provocam graves
problemas ao nível dos ecossistemas marinhos (destruição do plâncton), promovem
a destruição do ADN das células
provocando cancro de pele, entre outros.
Os principais responsáveis são:
a.
Hidrocarbonetos totalmente cloro fluorados (CFC)
e, em menor escala, hidrocarbonetos parcialmente cloro fluorados (HCFC)
provenientes da refrigeração, produção de espumas expandidas, aerossóis e
solventes;
b.
Brometo de metilo proveniente da fumigação dos
solos na agricultura e da queima da biomassa.
Para diminuir este impacto os cidadãos devem
reduzir o desperdício da luz e não usar aerossóis com CFCs. Apesar de há
muito terem sido banidos do mercado, os aparelhos antigos de refrigeração
(frigoríficos e ar condicionado) continuam a libertar CFC e, se devemos apostar
na reciclagem dos nossos aparelhos em fim de vida, devemos prestar especial atenção
para estes equipamentos.
A aposta nos transportes públicos e fazer pressão
para que se aposte em formas de energias alternativas, como a solar e a
eólica, é também uma forma de reduzir o impacto causado pela destruição da
camada de ozono e promover à sua regeneração.
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