“Vivemos tempos excecionais. Os cientistas
dizem-nos que temos dez anos para alterar a forma como vivemos, para evitar o
esgotamento dos recursos naturais e a catastrófica evolução do clima
terrestre”, comenta o realizador Yann Arthus-Bertrand, em comunicado divulgado
no sítio (site) do Programa das
Nações Unidas para o Ambiente (Pnua).
Os seres humanos individualmente ou em comunidade, numa
região ou país, lutam pela sobrevivência e pela prosperidade sem cuidar muito do
que daí possa resultar para os outros. As
consequências são desastrosas e globais e não dependem do grau de
desenvolvimento.
Nos países industrializados,
os elevados padrões de consumo estimulam a utilização dos recursos não
renováveis e favorecem o desperdício.
Nos países em desenvolvimento,
com dívidas externas asfixiantes, a luta pela sobrevivência determinam níveis de
exploração dos recursos insustentáveis no futuro.
A crescente internacionalização da
economia alarga a dimensão das consequências do funcionamento do sistema em todo
o planeta. Os efeitos ambientais globalizam-se; a economia e a ecologia não
podem dissociar-se disso.
O caminho a percorrer rumo à sustentabilidade não é fácil,
pois terá obviamente que passar por um conjunto de ações diversificadas. O
equilíbrio entre a dimensão da população e os recursos disponíveis, a taxa de
crescimento demográfico e a capacidade da economia em satisfazer as
necessidades básicas da população, sem pôr em risco as gerações futuras, serão
com certeza o grande desafio das políticas de
desenvolvimento nos
próximos anos.
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