sábado, 14 de julho de 2012

Ciência médica


A ciência tem por objetivo gerar uma série de modelos da realidade, úteis porque podem fornecer explicações do ponto de vista teórico que contribuem para o desenvolvimento de técnicas e tecnologias que ajudem a resolver problemas.
Assim, é possível diferenciar a ciência médica básica, dirigida para um conhecimento sem um fim prático imediato, da ciência aplicada que pretende resolver problemas práticos.
A construção de um método científico torna possível o acesso ao conhecimento de maneira organizada e sistemática, tendo como objetivo encontrar as causas que expliquem os fenómenos, usando tanto a experimentação, quando é possível, como a lógica, definindo a partir daí as leis com que se procura explicar as causas dos fenómenos naturais e, em certos casos, prever o seu comportamento.
O método científico é a principal ferramenta para o desenvolvimento da ciência. É um procedimento para a obtenção de novo conhecimento, mas não de resultados definitivos, pois está sempre aberto à possibilidade de rejeição de hipóteses já demonstradas, porque a experimentação só permite assegurar a falsidade de uma hipótese, e não a sua verdade.
Para gerar uma hipótese em investigação aplicam-se diferentes recursos: o conhecimento particular do campo de investigação; a consulta de investigações anteriores na matéria; a avaliação teórica da bibliografia sobre o tema; o contato com peritos ou especialistas.
Todo o investigador, de um modo ou de outro, tem conhecimentos do campo sobre o qual investiga, que podem dar origem a presunções sobre a realidade, as quais irão gerar hipóteses que carecem de confirmação através da experimentação. Por sua vez, as investigações prévias deram lugar a hipóteses, muitas delas rejeitadas, sendo tarefa dos investigadores reavivá-las e tentar comprová-las à luz dos novos avanços nos métodos de investigação.
Ao colocar-se uma presunção no centro da investigação, deverão listar-se as hipóteses a comprovar, discriminando que tipo de hipóteses se trata e que deverão cumprir requisitos básicos: ser comprováveis na prática, complexas e com elevado conteúdo informativo.
A hipótese deve ser sempre vista como a resposta possível e provável a uma pergunta que dá início à investigação, representando a solução criada na mente do cientista com o propósito de resolver uma questão e gerar conhecimento. A formulação da hipótese será um guia na investigação e na estruturação do relatório científico.
É uma proposição que se admite provisoriamente como verdadeira e como ponto de partida do qual se pode deduzir, pelas regras da lógica, um conjunto secundário de proposições com o objetivo de elucidar o mecanismo das evidências e dados experimentais a explicar. É o caminho que deve levar à formulação de uma teoria e tem dois objetivos: explicar um conjunto de factos e deduzir outros acontecimentos e factos deles decorrentes.

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