Riqueza pode
ser definida como o conjunto de bens patrimoniais destinados a serem fruídos
como bens de consumo e de lazer.
Capital é a
designação dada ao conjunto de bens financeiros e bens de produção destinados a
produzir bens e serviços.
Quando nos
referimos a financiamento interno estamos a falar de autofinanciamento, ou
seja, a capacidade de garantir, com o seu próprio capital, a execução de
projetos de investimento, modernização ou reconversão da atividade económica da
empresa. Já quando referimos o financiamento externo falamos do recurso a
empréstimos junto de instituições financeiras, ou seja, o recurso ao crédito –
financiamento indireto – ou o recurso ao mercado financeiro através da emissão
de títulos na bolsa – financiamento direto.
Estruturalmente,
as famílias têm uma
poupança líquida positiva, ou seja, possuem excedentes de receitas que lhes
permitem uma acumulação de poupanças – o que não invalida que muitas tenham
problemas de endividamento ou mesmo sobre-endividamento. Os agentes económicos
– Estado e empresas – por vezes não conseguem fazer face ao total dos seus
investimentos, porque as suas capacidades de poupança são menores que as suas
necessidades de financiamento.
O crédito
consiste na utilização de recursos financeiros em troca da promessa de
pagamento em data posterior (empréstimos, crédito dos fornecedores, vendas a
prestações). Traduz-se num ato de confiança que se concretiza na negociação do
empréstimo com a contrapartida da promessa de um prazo para reembolso e o
pagamento de uma taxa de juro. O
crédito financia, quer as atividades de produção, quando concedido às empresas,
quer as de consumo, quando é concedido às famílias.
A concessão de crédito funciona como um
processo de criação de moeda ao gerar um volume de moeda «escritural» maior que
o seu valor inicial, que é injetada na economia, aumentando o volume de moeda
em circulação, o que corresponde a um aumento de oferta de moeda.
Esta aumento de oferta de moeda traz
implicações na atividade económica provocando tendencialmente a subida dos
preços, estimulando a atividade económica pelo mecanismo da oferte e da procura,
e numas primeira fase provoca ainda uma baixa da taxa de juro, a qual estimula
a economia pelo aumento do investimento
Por sua vez a diminuição da oferta de moeda,
menos crédito, provoca uma descida dos preços, arrefecendo a atividade económica,
provocando, numa primeira fase, o aumento da taxa de juro, o que desacelera a
atividade económica pela diminuição do investimento.
Para manter um relativo equilíbrio da
atividade económica, os governos podem adotar medidas de caracter fiscal ou
outras que incentivem ou desincentivem a procura e, através dos bancos
centrais, recorrer a políticas monetárias, nomeadamente, ao aumento ou
abaixamento das taxas de juro.
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