sábado, 18 de agosto de 2012

A combinação dos fatores de produção e a poupança



A racionalidade económica consiste em se escolher, para cada nível de produção, a combinação de fatores produtivos de menor custo ou, para um dado custo, optar pela combinação dos fatores produtivos que permita obter o maior volume de produção.
As economias de escala, economias resultantes de os custos médios da empresas diminuírem com o aumento da produção, traduzem a diminuição do custo de produção unitário como resultado do aumento da quantidade produzida, ou seja, benefícios adicionais de produção causados por um aumento da escala produtiva.
As deseconomias de escala traduzem o facto de os custos médios da empresa aumentarem, com o aumento da produção; ocorrem quando os custos médios de produção aumentam como resultado do aumento da dimensão das unidades de produção.
Entende-se por economia de escala quando o custo médio de produção diminui no período longo e deseconomia de escala quando o custo médio de produção no período aumenta.
Produtividade marginal traduz-se no custo adicional de cada unidade a mais produzida e obtém-se através do quociente entre os acréscimos de custo total e os respetivos acréscimos de produção.
Custo marginal=
Acréscimo do custo total
Acréscimo de produção


Unidades de produção
Custo total €
Custo médio €
Custo marginal €
100
2500
25

150
300
20
10



A eficiente combinação dos fatores de produção mede-se através da produtividade, o indicador económico que permite calcular o valor de produção gerada por cada unidade de fator utilizada. A alteração das características ao longo do tempo de um dos fatores de produção, capital ou trabalho vai alterar o equilíbrio dos fatores em jogo e condicionar a eficiência da combinação dos fatores de produção.
A lei dos rendimentos decrescentes diz-nos que a introdução sucessiva de um dos fatores de produção: capital ou trabalho, implica um acréscimo de produção, até que, no limite, será nulo. O que significa que com o aumento de unidades de trabalho ou capital a produtividade marginal e decrescente.
A poupança constitui parte do rendimento da família que não é consumido. As famílias, enquanto agentes económicos, utilizam o rendimento que obtêm na atividade produtiva, na compra dos bens e serviços de que precisam para satisfazer as suas necessidades (alimentação, vestuário, etc.), sendo pois no consumo o dispêndio da maior parte do seu rendimento. Quanto menor for o rendimento familiar, maiores são as dificuldades de se obter poupanças.
“O coeficiente orçamental de uma família ´de condicionado pelos rendimentos auferidos, pelos fatores económicos e extra económicos”.
Os padrões de consumo determinam as estruturas de consumo, ou seja, a repartição percentual dos gastos de consumo pelos diversos grupos de bens e serviços. O consumo é um ato económico e social, daí que os padrões de consumo sejam determinados por fatores quer de natureza económica, quer de natureza extraeconómica.
São fatores de natureza económica: o rendimento, os preços e a inovação tecnológica.
Rendimento: o coeficiente orçamental das despesas alimentares decresce quando o rendimento se eleva;
Preços: se o preço de um bem aumenta, o seu consumo diminui e vice-versa;
Inovação tecnológica: tem dado origem ao aparecimento de novos bens e serviços, os quais passam rapidamente a fazer parte dos hábitos dos consumidores.
Fatores económicos: estrutura etária dos agregados familiares; modos de vida; moda e publicidade.
Estrutura etária: os indivíduos que habitam sós têm hábitos de consumo virados para o exterior, comem várias vezes em restaurantes e destinam boa parte do seu rendimento em cultura e lazer; boa parte do orçamento dos casais jovens pode ser para o carro, a casa e o filho e nas famílias de idade mais avançada, as despesas são geralmente para a saúde.
Modos de vida: a religião e a sociedade em que vivemos explicam o que consumimos; os asiáticos ou muçulmanos, por exemplo, têm hábitos de consumo diferentes dos europeus.
Moda: alguns dos produtos consumidos renovam-se periodicamente. Essa renovação é muitas vezes influenciada pelos valores dominantes num determinado momento, ou seja, pela moda.
Publicidade: a publicidade utiliza técnicas que condicionam psicologicamente o consumidor, levando-o à aquisição do produto.

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