sábado, 25 de agosto de 2012

O processo de desmaterialização da moeda e o €uro


Desde a moeda-mercadoria até hoje, passando pela moeda-metálica, papel-moeda, moeda fiduciária e moeda escritural, tem-se desenvolvido um longo processo de desmaterialização da moeda. Ou seja, a moeda foi perdendo o seu conteúdo material e passou a ser formada por meros registos contabilísticos, deixando de ter realidade material.
Atualmente circulam enormes quantias entre contas bancárias no mesmo país, ou entre países, constituindo mais um passo no processo de desmaterialização da moeda. Grande parte das transações atuais são efetuadas através da movimentação contabilística de depósitos por via informática.
Regra geral a moeda desempenha três funções:
- Meio de pagamento ou instrumento geral de trocas, pois sendo aceite por todos, é utilizada na aquisição de todos os bens;
- Unidade de conta ou medida de valor, visto ser através da moeda que se mede o valor dos bens entre si, isto é, o seu preço;
- Reserva de valor, que se traduz na possibilidade de se conservar moeda por algum tempo, utilizando-a mais tarde.

sábado, 18 de agosto de 2012

A combinação dos fatores de produção e a poupança



A racionalidade económica consiste em se escolher, para cada nível de produção, a combinação de fatores produtivos de menor custo ou, para um dado custo, optar pela combinação dos fatores produtivos que permita obter o maior volume de produção.
As economias de escala, economias resultantes de os custos médios da empresas diminuírem com o aumento da produção, traduzem a diminuição do custo de produção unitário como resultado do aumento da quantidade produzida, ou seja, benefícios adicionais de produção causados por um aumento da escala produtiva.
As deseconomias de escala traduzem o facto de os custos médios da empresa aumentarem, com o aumento da produção; ocorrem quando os custos médios de produção aumentam como resultado do aumento da dimensão das unidades de produção.
Entende-se por economia de escala quando o custo médio de produção diminui no período longo e deseconomia de escala quando o custo médio de produção no período aumenta.
Produtividade marginal traduz-se no custo adicional de cada unidade a mais produzida e obtém-se através do quociente entre os acréscimos de custo total e os respetivos acréscimos de produção.
Custo marginal=
Acréscimo do custo total
Acréscimo de produção


Unidades de produção
Custo total €
Custo médio €
Custo marginal €
100
2500
25

150
300
20
10



A eficiente combinação dos fatores de produção mede-se através da produtividade, o indicador económico que permite calcular o valor de produção gerada por cada unidade de fator utilizada. A alteração das características ao longo do tempo de um dos fatores de produção, capital ou trabalho vai alterar o equilíbrio dos fatores em jogo e condicionar a eficiência da combinação dos fatores de produção.

sábado, 11 de agosto de 2012

O Desafio do Século XXI


O envelhecimento da população e o decréscimo populacional constituem um dos grandes desafios do século XXI.
O aumento do número de idosos trará inúmeras consequências: pressão nos sistemas de saúde e segurança social, mudanças sociais profundas, cuidados de saúde acrescidos, solidão, pobreza, problemas económicos, exclusão social e cultural, entre outras. O grande desafio passará pela mudança das mentalidades. Perceber que os conhecimentos e valores dos mais velhos podem constituir uma enorme mais-valia. Teremos de saber respeitá-los, valorizá-los e proporcionar-lhes as melhores condições de vida, onde não caiba a solidão, o abandono e a tristeza.
O aumento da esperança média de vida é um bem, resultado das melhores condições sociais em que vivemos, dos progressos da tecnologia e da medicina. Trata-se de uma etapa normal da evolução humana que se funda num progresso considerável, no alongamento da vida e da sua qualidade, e que conduz a uma alteração do estado demográfico.
A existência de uma estrutura etária envelhecida não significa, assim, necessariamente uma evolução desvantajosa para a sociedade. A verdadeira razão de ser desvantajosa poderá estar na não adequação entre o curso dos factos demográficos e o modo dominante de organização social, levando a que as sociedades envelhecidas não aproveitem convenientemente o envelhecimento das suas estruturas etárias. Será necessário pensar uma economia mais competitiva e dinâmica do mundo, baseada no conhecimento, apta a um crescimento económico sustentado, com mais e melhores empregos e grande coesão social.

sábado, 4 de agosto de 2012

Envelhecimento Demográfico


Estamos a envelhecer no nosso Planeta, num processo sem precedentes na história da Humanidade.
O envelhecimento é um processo natural da vida, que começa a partir do momento da conceção no ventre da nossa mãe. Curiosamente parece que vivemos na ilusão de que nunca nos tornaremos velhos e quando a velhice chega, muitas vezes não estamos preparados.
“Hoje em dia, a mediana de idades no mundo é de 28 anos, o que significa que metade da população mundial está abaixo desta idade e a outra acima”. A Nigéria é o país com a população mais jovem, com uma mediana de idade de 15 anos. O mais velho é o Japão, onde este valor anda pelos 44 anos. Numa lista de 196 países, Portugal é o oitavo mais envelhecido, ocupando o 15º lugar na tabela das medianas mais altas (40,6 anos), o que nos leva a concluir que é nos países desenvolvidos ou em desenvolvimento que o envelhecimento demográfico mais se faz notar.
Desde 1950 a Humanidade ganhou 20 anos, passando de um horizonte de vida de 48 anos de média mundial para 68 anos. Em Portugal a população residente continuará a aumentar até 2034, atingindo os 10.898,7 milhões de indivíduos e nos próximos 50 anos poderá continuar com cerca de 10 milhões de residentes, mantendo-se a tendência de envelhecimento demográfico, projetando-se que em 2060 residam no território nacional cerca de 3 idosos por cada jovem. Prevê-se que em 2060 residirão em Portugal 271 idosos por cada 100 jovens, mais do dobro do valor projetado em 2009 (116 idosos por cada 100 jovens).