sábado, 28 de janeiro de 2012

Parar é morrer! Quando se pára, morre-se!

“(…) o sonho é uma constante da vida (…) o sonho comanda a vida (…) sempre que um homem sonha o mundo pula e avança…” São palavras de António Gedeão (1906), no seu poema “Pedra Filosofal”, e que são outra forma de dizer que “parar é morrer! Quando se pára, morre-se”!
Toda a nossa existência tem um objectivo. Sonhamos, projectamos na nossa mente aquilo que queremos para o nosso futuro.
O caminho da nossa felicidade pode estar mais ou menos facilitado pela conjugação de diversos factores, entre os quais a condição económica e social da nossa família, o meio em que vivemos e o acesso à educação e à cultura e que podem ter influência nas nossas escolhas, na definição das nossas metas. Mas isto, por si só, não garante a felicidade de ninguém, se não soubermos dar um rumo certo às nossas vidas, se não soubermos optar por aquilo que mais gostamos, por aquilo para que estamos vocacionados, que nos dará prazer fazer.
A vida não é feita a preto e branco, tem muitas tonalidades, e a particularidade de ser feliz não é privilégio dos ricos, nem está vedada aos pobres. Parte de cada um de nós, porque é na nossa realização pessoal, no estarmos bem com nós próprios, com a consciência de que fazemos o melhor do que está ao nosso alcance, que nos dá a sensação de alívio, de bem-estar e forças para prosseguir. Para ser feliz, o homem deve ter pequenos desejos, que ele pode realizar diariamente, e um grande projecto, que o faça faz sonhar por anos a fio.
De facto não podemos parar! Todos nós, desde os mais novos aos mais velhos, temos objectivos, metas, fins que almejamos atingir e pelos quais lutamos. É isto que nos move, que dá sentido às nossas vidas, que nos ajuda a ultrapassar as dificuldades, nos dá ânimo para prosseguir. Nem sempre se vence porque as vitórias não são fáceis, mas é precisamente por não serem fáceis que quando alcançadas nos proporcionam momentos agradáveis.
A vida está cheia de casos de famosos, ricos, com um currículo cheio de sucessos, que aparentemente são felizes, que nos aparecem nos escaparates dos média com um ar de felicidade de criar inveja, mas que não passam de vidas vazias, ocas, carregadas de tédio que levam à depressão e, quantas vezes, ao suicídio. É a prova que a procura do sucesso a todo o custo, atropelando tudo e todos, que a ganância de chegar quanto mais à frente melhor, acaba por gerar o desconforto de que, porventura, se tem aquilo de que não é merecedor e depois vêm os receios de poder ser desmascarado, desapossado, vingado, e daí até à angústia, à depressão é um passo.
A qualidade de vida está relacionada com a saúde física e mental, daí que para sermos fisicamente saudáveis precisamos de ter uma mente sã, e para isso devemos ter sempre objectivos a cumprir, metas que devemos querer alcançar, que podem ser modestas ou ambiciosas, mas que tenham algo a ver connosco, que nos façam sentir que estamos a construir algo de bom, para nós e para a comunidade, algo que nos agrade e ocupa as nossas existências porque, “parar é morrer” e morrer é algo que, de forma abstracta, por certo ninguém quer!

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