Mas, afinal, o que é
mais importante num livro?
“Um livro é um mudo
que fala, um surdo que responde, um cego que guia, um morto que vive”
(Padre António
Vieira, 1608/1697).
Ler é como
entrar na máquina do tempo que nos transporta a todos os lugares, passando por
todas as épocas, por todas as gentes, é dar asas à nossa imaginação.
Mia Couto,
prestigiado escritor moçambicano, diz que ao ler “recuperamos histórias da nossa infância”, ler “é uma caixa de tesouros que não encontramos em mais lado nenhum”.
Através da
leitura podemos imaginar mundos, criar imagens, paisagens, os rostos das
personagens de acordo com a nossa visão e o modo de sentir as coisas. Podemos
até sentir os aromas que as histórias dos livros nos sugerem: a terra molhada,
as flores, a maresia, o suor das gentes; podemos rir e chorar, sentir a dor, a
tristeza, o luto, a infelicidade, ou a satisfação, a alegria, a felicidade.
Podemos até definir, no nosso ponto de vista, o carácter dos personagens, mesmo
em desacordo com o autor.
A leitura
desenvolve a imaginação, a criatividade, o raciocínio, transmite o
conhecimento, o esclarecimento; transmite-nos a liberdade que vem do nosso
saber. “Quanto mais esclarecidos forem os
homens, mais livres serão” (Voltaire).
O livro é um
amigo, um companheiro sempre pronto nos bons e nos maus momentos, um
conselheiro e um inspirador que nos torna mais humanos, e quanto mais humanos
formos, melhor será o mundo em que vivemos.
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