sábado, 26 de setembro de 2015

O LIVRO



Mas, afinal, o que é mais importante num livro?
Um livro é um mudo que fala, um surdo que responde, um cego que guia, um morto que vive
(Padre António Vieira, 1608/1697).
Ler é como entrar na máquina do tempo que nos transporta a todos os lugares, passando por todas as épocas, por todas as gentes, é dar asas à nossa imaginação.
Mia Couto, prestigiado escritor moçambicano, diz que ao ler “recuperamos histórias da nossa infância”, ler “é uma caixa de tesouros que não encontramos em mais lado nenhum”.
Através da leitura podemos imaginar mundos, criar imagens, paisagens, os rostos das personagens de acordo com a nossa visão e o modo de sentir as coisas. Podemos até sentir os aromas que as histórias dos livros nos sugerem: a terra molhada, as flores, a maresia, o suor das gentes; podemos rir e chorar, sentir a dor, a tristeza, o luto, a infelicidade, ou a satisfação, a alegria, a felicidade. Podemos até definir, no nosso ponto de vista, o carácter dos personagens, mesmo em desacordo com o autor.
A leitura desenvolve a imaginação, a criatividade, o raciocínio, transmite o conhecimento, o esclarecimento; transmite-nos a liberdade que vem do nosso saber. “Quanto mais esclarecidos forem os homens, mais livres serão” (Voltaire).
O livro é um amigo, um companheiro sempre pronto nos bons e nos maus momentos, um conselheiro e um inspirador que nos torna mais humanos, e quanto mais humanos formos, melhor será o mundo em que vivemos.

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