domingo, 12 de junho de 2016

A evolução tecnológica e as competências para enfrentar os desafios

A evolução da sociedade é um processo contínuo e exige adaptações que nem sempre são pacíficas. Foi o caso das profundas transformações operadas na segunda metade do século passado que implicaram mudanças de paradigma nas formas produtivas, uma nova organização laboral associada a formas mais flexíveis de produção, acompanhadas pela restruturação das economias e reajustamentos sociais e políticos.
Estas transformações, com a introdução de novas tecnologias, implicam quase sempre a substituição progressiva do homem pela máquina, a substituição de mão-de-obra menos qualificada por outra mais qualificada, conduzindo ao aumento do desemprego, lançando assim mais pessoas no mundo da exclusão e aumentando a injustiça social.
A formação e qualificação profissional tornam-se por isso numa necessidade prioritária de qualquer sociedade, por forma a manter os seus membros habilitados com os conhecimentos e competências de acordo com as ofertas e procuras do mercado de trabalho, dos produtos e padrões de consumo, face às inovações tecnológicas, laborais e sociais
A evolução tecnológica, a sua complexidade e diversidade, exige do profissional qualificações e competências para enfrentar os novos desafios. As novas tecnologias não se compadecem económica, financeira, social e laboral de pessoas sem qualificações, relegando-as para o «analfabetismo funcional», retirando-lhes hipóteses de um futuro garantido, diminuindo-lhes o mérito e a capacidade individual.
Hoje em dia, a gestão de carreiras assenta principalmente nas competências, nas capacidades demonstradas e reconhecidas em diferentes níveis. Na maioria das médias e grandes empresas, os postos de trabalho têm uma descrição detalhada das funções dos superiores e subordinados. O profissional evolui linearmente e, se os objetivos delineados forem atingidos, as promoções surgirão.
As mudanças que se operam no mundo do trabalho exigem uma mudança cultural e uma maior maturidade aos profissionais. É longo e árduo o caminho a percorrer e há desafios práticos para que a difusão do trabalho à distância e por projetos, se popularize.
Quanto melhor forem compreendidas as novas tecnologias, mais e melhores oportunidades surgirão, e novos projetos e novas funções se acreditarão como profissão e profissionalismo. É importante que os líderes do futuro percebam que as competências ligadas aos valores humanos são essenciais para que se estabeleçam relações de confiança no futuro, perante os grandes os desafios que se colocam na reformulação laboral tendentes à sua adaptação às novas realidades: o trabalho em casa, o controlo da jornada, remuneração de horas extras, responsabilidade pelos custos dos equipamentos e serviços de telecomunicações e as condições de saúde e segurança no trabalho.

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