As correntes oceânicas têm papel importante no
transporte de energia do planeta e contribuem para reduzir a taxa de variação
da temperatura ao longo do meridiano terrestre. A água salgada altamente
concentrada e muito fria tem densidade elevada e afunda produzindo uma corrente
descendente, criando uma corrente marinha profunda de água fria e muito
salgada. Na sua deslocação a água vai sendo aquecida e misturada diminuindo a
concentração salina e a densidade, originando uma corrente ascendente de água
aquecida e de baixa salinidade que por sua vez acarreta uma corrente marinha
superficial que vai completar o espaço deixado pela imersão da água fria e
altamente salina. Esta circulação da água do mar é denominada de circulação termohalina. As correntes oceânicas são
responsáveis em grande parte pela distribuição do calor e consequentemente do
clima em muitas regiões do planeta.
Por sua vez o
vento, ou seja, o ar em movimento, move-se horizontalmente (em
superfície e em altitude) e também verticalmente, devido às diferenças de
pressão em diversos locais da terra. O seu mecanismo está expresso na primeira
Lei da Circulação atmosférica, do holandês Buys Ballot, que diz "os ventos sopram sempre das áreas de alta
pressão para as áreas de baixa pressão". Como nas áreas de menor
temperatura ou mais frias a pressão é maior, o vento sai dessas áreas e desloca-se
em direção às de maior temperatura, que apresentam menor pressão. Quanto maior
for a diferença de pressão entre as regiões, maior será a velocidade do vento,
podendo ocorrer, nessas situações, vendavais ou ventos mais fortes, que recebem
diferentes nomes, conforme o local: furacão (Caribe), tornado (EUA), tufão
(Ásia). Em superfície, os ventos alísios sopram dos trópicos para o Equador,
que é uma área ciclonal, de convergência de ventos. Nas áreas equatoriais, o ar
quente (mais leve) é húmido. Em altitude, o ar arrefece e retorna aos trópicos
(contra-alísios).
De uma forma simplista podemos afirmar que o
contributo dos oceanos para o transporte de calor está na transferência,
através das correntes superficiais das águas mais quentes e menos densas que
vão ocupar o espaço das correntes descendentes das águas mais frias e mais
densas que, por sua vez, na sua deslocação vão aquecendo, dando origem a
correntes ascendentes, face à diminuição da sua densidade.
Quanto aos ventos, devido às diferenças de pressão,
as transferências de temperatura dão-se em virtude dos seus deslocamentos das
zonas mais frias, de maior pressão, para a zonas mais quentes, onde a pressão é
menor.
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O modelo é uma representação de uma realidade e pode
ser mais ou menos elaborado.
Os modelos climáticos globais são utilizados para
entender melhor os efeitos a longo prazo das mudanças globais tais como o
aumento de gases de efeito estufa ou a diminuição do gelo do mar Ártico. Os modelos são utilizados para simular as condições
climáticas ao longo de centenas de anos, para assim se poder prever o que
provavelmente vai mudar no clima do nosso planeta. As investigações das
alterações climáticas baseiam-se nos resultados produzidos pelos modelos
climáticos.
As previsões relacionadas com o clima têm por base os
resultados produzidos nos modelos climáticos, nos quais são tidos em conta os
elementos naturais que influenciam as alterações climáticas, no entanto, ainda
não se conhecem bem os efeitos que a atividade humana terá nas mudanças do
clima. Se o clima não tem uma natureza constante, o desconhecimento efetivo dos
efeitos da ação do homem mais acentuam as dificuldades nas suas previsões.
Os modelos climáticos globais (GCM, sigla em Inglês)
usam equações matemáticas para descrever o comportamento dos fatores que afetam
o clima. Esses fatores incluem a dinâmica da atmosfera, oceanos, superfície da Terra, os
seres vivos, o gelo do mar e a energia do Sol, entre outros.
Como o clima não tem uma natureza constante, a
compreensão das suas alterações baseia-se no conhecimento das ocorrências
passadas, na sua investigação e na investigação dos fenómenos que ocorrem. São
múltiplos os fatores que influenciam as mudanças do clima e muitas as
interrogações sobre os efeitos que eles provocam e, como ainda não existe uma
teoria geral do clima e das alterações climáticas, não estamos (a comunidade
científica) ainda em posição de compreender cabalmente as causas das alterações
do clima na Terra.
Sítios (sites) consultados:
Nota de rodapé:
Entretanto, na maior das (a)normalidades a Cimeira do Clima, em Paris, que deveria ter terminado ontem ainda continua, por que não há acordo. O (a)normal seria que todos se entendessem!
Entretanto, na maior das (a)normalidades a Cimeira do Clima, em Paris, que deveria ter terminado ontem ainda continua, por que não há acordo. O (a)normal seria que todos se entendessem!
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