sábado, 12 de dezembro de 2015

Balanço térmico – Modelos climáticos

As correntes oceânicas têm papel importante no transporte de energia do planeta e contribuem para reduzir a taxa de variação da temperatura ao longo do meridiano terrestre. A água salgada altamente concentrada e muito fria tem densidade elevada e afunda produzindo uma corrente descendente, criando uma corrente marinha profunda de água fria e muito salgada. Na sua deslocação a água vai sendo aquecida e misturada diminuindo a concentração salina e a densidade, originando uma corrente ascendente de água aquecida e de baixa salinidade que por sua vez acarreta uma corrente marinha superficial que vai completar o espaço deixado pela imersão da água fria e altamente salina. Esta circulação da água do mar é denominada de circulação termohalina. As correntes oceânicas são responsáveis em grande parte pela distribuição do calor e consequentemente do clima em muitas regiões do planeta.
Por sua vez o vento, ou seja, o ar em movimento, move-se horizontalmente (em superfície e em altitude) e também verticalmente, devido às diferenças de pressão em diversos locais da terra. O seu mecanismo está expresso na primeira Lei da Circulação atmosférica, do holandês Buys Ballot, que diz "os ventos sopram sempre das áreas de alta pressão para as áreas de baixa pressão". Como nas áreas de menor temperatura ou mais frias a pressão é maior, o vento sai dessas áreas e desloca-se em direção às de maior temperatura, que apresentam menor pressão. Quanto maior for a diferença de pressão entre as regiões, maior será a velocidade do vento, podendo ocorrer, nessas situações, vendavais ou ventos mais fortes, que recebem diferentes nomes, conforme o local: furacão (Caribe), tornado (EUA), tufão (Ásia). Em superfície, os ventos alísios sopram dos trópicos para o Equador, que é uma área ciclonal, de convergência de ventos. Nas áreas equatoriais, o ar quente (mais leve) é húmido. Em altitude, o ar arrefece e retorna aos trópicos (contra-alísios).
De uma forma simplista podemos afirmar que o contributo dos oceanos para o transporte de calor está na transferência, através das correntes superficiais das águas mais quentes e menos densas que vão ocupar o espaço das correntes descendentes das águas mais frias e mais densas que, por sua vez, na sua deslocação vão aquecendo, dando origem a correntes ascendentes, face à diminuição da sua densidade.
Quanto aos ventos, devido às diferenças de pressão, as transferências de temperatura dão-se em virtude dos seus deslocamentos das zonas mais frias, de maior pressão, para a zonas mais quentes, onde a pressão é menor.
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O modelo é uma representação de uma realidade e pode ser mais ou menos elaborado.
Os modelos climáticos globais são utilizados para entender melhor os efeitos a longo prazo das mudanças globais tais como o aumento de gases de efeito estufa ou a diminuição do gelo do mar Ártico. Os modelos são utilizados para simular as condições climáticas ao longo de centenas de anos, para assim se poder prever o que provavelmente vai mudar no clima do nosso planeta. As investigações das alterações climáticas baseiam-se nos resultados produzidos pelos modelos climáticos.
As previsões relacionadas com o clima têm por base os resultados produzidos nos modelos climáticos, nos quais são tidos em conta os elementos naturais que influenciam as alterações climáticas, no entanto, ainda não se conhecem bem os efeitos que a atividade humana terá nas mudanças do clima. Se o clima não tem uma natureza constante, o desconhecimento efetivo dos efeitos da ação do homem mais acentuam as dificuldades nas suas previsões.
Os modelos climáticos globais (GCM, sigla em Inglês) usam equações matemáticas para descrever o comportamento dos fatores que afetam o clima. Esses fatores incluem a dinâmica da atmosfera, oceanos, superfície da Terra, os seres vivos, o gelo do mar e a energia do Sol, entre outros.
Como o clima não tem uma natureza constante, a compreensão das suas alterações baseia-se no conhecimento das ocorrências passadas, na sua investigação e na investigação dos fenómenos que ocorrem. São múltiplos os fatores que influenciam as mudanças do clima e muitas as interrogações sobre os efeitos que eles provocam e, como ainda não existe uma teoria geral do clima e das alterações climáticas, não estamos (a comunidade científica) ainda em posição de compreender cabalmente as causas das alterações do clima na Terra.
Sítios (sites) consultados:
Nota de rodapé:
Entretanto, na maior das (a)normalidades a Cimeira do Clima, em Paris, que deveria ter terminado ontem ainda continua, por que não há acordo. O (a)normal seria que todos se entendessem!

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