sábado, 3 de novembro de 2012

As taxas de juro


A taxa de juro é o montante de juro expresso como percentagem do capital para uma determinada unidade de tempo. Refere-se, normalmente, à taxa remuneratória dos depósitos bancários ou devida por empréstimos,
As taxas de juro são influenciadas pelas variações no nível dos preços. Tendem a acompanhar de perto a inflação. A subida da inflação provoca, mais cedo ou mais tarde, a subida das taxas de juro. São, aliás, uma das formas de controlo da inflação.
A contratação de empréstimos, especialmente no crédito à habitação, é fortemente condicionada pelas taxas Euribor. Trata-se de o indexante utilizado nas operações de crédito, que pode ser negociado por diferentes prazos, sendo os mais usados de 3, 6 e 12 meses. É esta variação a que está sujeita a taxa de juro do empréstimo que vai alterar, para cima ou para baixo, o valor das prestações, com os inerentes problemas que coloca às famílias quando do agravamento da taxa Euribor. A esta taxa de juro, acresce ainda uma taxa de juro fixa (spread), atribuída pela instituição de crédito em função do risco de crédito do cliente e do rácio entre o valor do empréstimo e o valor do imóvel. O valor desta taxa, dependendo da estratégia comercial da instituição de crédito, poderá ser reduzido como contrapartida pela aquisição, facultativa, de outros produtos.
As taxas de juro também têm influência na dívida do Estado. Num país com forte endividamento e face ao risco de crédito, o aumento das taxas de juro pode atingir uma tal magnitude que, em casos extremos, o Estado nem sequer tenha capacidade para pagar o serviço da dívida, ou seja, pagar a totalidade dos juros vencidos, obrigando-se a contrair mais dívida.
A taxa de juro é o prémio ou remuneração oferecido ao aforrador. Quanto maior for a taxa de juro, maior é o incentivo a poupar. O aumento da taxa de juro influencia a poupança de duas maneiras: por ser a própria remuneração da poupança que aumenta; porque vai aumentar o custo do crédito ao consumo, dado que as prestações periódicas das compras a crédito têm implícito um juro determinado pelo mercado financeiro.
A taxa de juro oferecida à poupança deve ser superior à inflação, caso contrário a poupança não será remunerada, mas penalizada: a taxa de juro real (juro nominal descontado o efeito da inflação) seria negativa, pois o juro recebido não compensaria a perda de poder de compra do capital poupado posto a render durante o período da aplicação financeira.
O processo de capitalização, é o mecanismo através do qual um determinado capital aplicado produz juro ao fim de um certo tempo de aplicação.
A forma como o capital e o tempo estão relacionados, está na base da diferença entre dois processos de capitalização:
·         Um processo em que o juro é calculado só em função do tempo, mantendo o mesmo capital inicial – regime de juro simples;
·         Um outro processo em que o juro é calculado com base no capital e no tempo, uma vez que o juro vencido em cada unidade de tempo se adiciona ao capital inicial, vencendo também juro – regime de juro composto.
O processo de cálculo de juros depende ainda da relação entre o período de contagem dos juros e o período a que está referenciada a taxa de juro, podendo estes, por exemplo, serem referidos ao período de capitalização anual, capitalização semestral ou capitalização trimestral, existindo uma relação entre eles.

Consultas:

http://www.thinkfn.com/wikibolsa/Taxa_de_juro
http://pascal.iseg.utl.pt/~jcaiado/Papers/Gestin2001.pdf
http://pascal.iseg.utl.pt/~jcaiado/Papers/VAR_SPE2002.pdf
http://clientebancario.bportugal.pt/pt-PT/TaxasdeJuro/Creditohabitacao/Paginas/default.aspx
http://www.angelfire.com/mac/jpedro/economia/txt7.pdf

Sem comentários:

Enviar um comentário