A taxa
de juro é o montante de juro expresso como percentagem do capital para uma
determinada unidade de tempo. Refere-se, normalmente, à taxa remuneratória dos
depósitos bancários ou devida por empréstimos,
As taxas de juro são influenciadas pelas
variações no nível dos preços. Tendem a acompanhar de perto a inflação. A
subida da inflação provoca, mais cedo ou mais tarde, a subida das taxas de juro.
São, aliás, uma das formas de controlo da inflação.
A contratação de empréstimos,
especialmente no crédito à habitação, é fortemente condicionada pelas taxas
Euribor. Trata-se de o indexante utilizado nas operações de crédito, que pode
ser negociado por diferentes prazos, sendo os mais usados de 3, 6 e 12 meses. É
esta variação a que está sujeita a taxa de juro do empréstimo que vai alterar,
para cima ou para baixo, o valor das prestações, com os inerentes problemas que
coloca às famílias quando do agravamento da taxa Euribor. A esta taxa de juro,
acresce ainda uma taxa de juro fixa (spread),
atribuída pela instituição de crédito em função do risco de crédito do cliente
e do rácio entre o valor do empréstimo e o valor do imóvel. O valor desta taxa,
dependendo da estratégia comercial da instituição de crédito, poderá ser
reduzido como contrapartida pela aquisição, facultativa, de outros produtos.
As taxas de juro também têm influência na
dívida do Estado. Num país com forte endividamento e face ao risco de crédito, o aumento das taxas de juro pode atingir uma tal magnitude que, em
casos extremos, o Estado nem sequer tenha capacidade para pagar o serviço da
dívida, ou seja, pagar a totalidade dos juros vencidos, obrigando-se a contrair
mais dívida.
A taxa de juro é o prémio ou remuneração oferecido
ao aforrador. Quanto maior for a taxa de juro, maior é o incentivo a poupar. O aumento
da taxa de juro influencia a poupança de duas maneiras: por ser a própria
remuneração da poupança que aumenta; porque vai aumentar o custo do crédito ao
consumo, dado que as prestações periódicas das compras a crédito têm implícito
um juro determinado pelo mercado financeiro.
A taxa de juro oferecida à poupança deve
ser superior à inflação, caso contrário a poupança não será remunerada, mas
penalizada: a taxa de juro real (juro nominal descontado o efeito da inflação)
seria negativa, pois o juro recebido não compensaria a perda de poder de compra
do capital poupado posto a render durante o período da aplicação financeira.
O processo de capitalização, é o mecanismo
através do qual um determinado capital aplicado produz juro ao fim de um certo
tempo de aplicação.
A forma como o capital e o tempo estão
relacionados, está na base da diferença entre dois processos de capitalização:
·
Um processo
em que o juro é calculado só em função do tempo, mantendo o mesmo capital
inicial – regime de juro simples;
·
Um outro
processo em que o juro é calculado com base no capital e no tempo, uma vez que
o juro vencido em cada unidade de tempo se adiciona ao capital inicial,
vencendo também juro – regime de juro composto.
O processo de cálculo de juros depende
ainda da relação entre o período de contagem dos juros e o período a que está
referenciada a taxa de juro, podendo estes, por exemplo, serem referidos ao
período de capitalização anual, capitalização semestral ou capitalização
trimestral, existindo uma relação entre eles.
Consultas:
http://www.thinkfn.com/wikibolsa/Taxa_de_juro
http://pascal.iseg.utl.pt/~jcaiado/Papers/Gestin2001.pdf
http://pascal.iseg.utl.pt/~jcaiado/Papers/VAR_SPE2002.pdf
http://clientebancario.bportugal.pt/pt-PT/TaxasdeJuro/Creditohabitacao/Paginas/default.aspx
http://www.angelfire.com/mac/jpedro/economia/txt7.pdf
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