Ainda muito novo rumou para o Brasil onde fixou residência e graças ao seu trabalho, esforço, tenacidade, inteligência e indomável determinação conseguiu amealhar uma enorme fortuna.
Segundo o testemunho de um parente (sobrinho-neto Pimentel Paiva), ali chegado, começou a trabalhar naquilo que apareceu. Em determinada altura, ainda jovem, foi despedido da casa onde trabalhava e estava a chorar numa rua do Rio de Janeiro. Passou por ali uma senhora, que ao vê-lo a chorar, lhe perguntou qual o motivo de tanta tristeza?!... O senhor Lino, se calhar com mau aspecto, terá contado à senhora o sucedido: ela teve pena dele e acolheu-o em sua casa. A senhora era viúva e dona de uma grande fortuna. Ele tê-la-á servido com tanta dedicação e fidelidade, que a dita fortuna, por morte da senhora, ficou para ele. Não se sabe de que constava a fortuna. Os escritos que se conhecem sobre o assunto, dizem que se dedicou ao comércio.
A sua actividade comercial estendeu-se a várias regiões do Brasil, nomeadamente em Santos, onde era muito influente e respeitado integrando-se perfeitamente na comunidade tendo-se até naturalizado brasileiro. Foi, digamos uma forma de agradecer ao Brasil tudo aquilo que conseguiu na sua segunda Pátria.
Curioso o Conde ter no seu nome Bento de Sousa, pelo que será de admitir que tenha adoptado o nome da empresa. Possivelmente terá sido sócio na empresa, pois do pouco que se conhece é que terá sido comprada, já no século XX, pela empresa Moinho Santista.
Regressado a Portugal, com 40 a 50 anos, uma das primeiras coisas que fez após o regresso, foi cumprir a promessa feita quando partiu (que se a sorte lhe sorrisse no Brasil, casaria com uma mulher que tivesse sido falada, isto é, que tivesse andado nas bocas do povo por algo…). Foi assim que, embora muito rico, casou com uma senhora de classe humilde, a futura condessa.