Numa economia global, onde o capital circula livremente nas redes financeiras globais, há uma tendência crescente para interdependência da força de trabalho à escala global, ainda que constrangido pelas instituições, culturas, fronteiras, políticas e xenofobia.
O aprofundamento do processo de globalização económica alarga a interpenetração das redes de gestão e produção além fronteiras, aproximando as condições da força de trabalho nos diferentes países, com os diferentes níveis de salários e protecção social, distinguindo-se, cada vez menos, as qualificações e as tecnologias, dando novas oportunidades às empresas dos países avançados em relação às suas estratégias de emprego, no que respeita à mão-de-obra qualificada ou não qualificada, podendo optar por:
· Manter um quadro de efectivos indispensável à força de trabalho mais qualificada e importar mais-valias das zonas de baixo custo, ou;
· Subcontratar parte do trabalho dentro das suas filiais e redes auxiliares, internalizando a produção dentro do sistema da empresa em rede, ou;
· Recorrer a trabalhadores em regime de tempo parcial ou a empresas dentro do país de origem, ou;
· Automatizar ou redefinir as tarefas e funções, cujos custos do mercado de trabalho sejam considerados elevados por comparação com fórmulas alternativas, ou ainda;
· Com a anuência da força de trabalho, obter condições de trabalho e salários restritivos como condição para a manutenção dos empregos, com prejuízo dos contratos sociais mais favoráveis, anteriormente estabelecidos.