[Prospetivo: que faz ver longe ou
adiante. (Do latim prospectīvu-,
«relativo a prospetiva» Infopédia; dicionários Porto Editora). Prospetiva: Conjunto de investigações
que têm por fim a previsão a longo prazo no domínio das ciências humanas.
(idem)]
É crescente a importância dos estudos prospetivos pois eles são
componentes fundamentais para políticas e estratégias de inovação, não só como
meios de ampliar a capacidade de antecipação, mas também de estimular a
organização dos sistemas de inovação.
A prospetiva
ensina-nos que o futuro está por realizar e depende da visão de quem o
constrói. O contexto em que vivemos exige-nos um constante esforço de reflexão
prospetiva face ao aumento de incertezas. A multiplicação das interdependências,
a aceleração da mudança em diversos domínios e a acentuação da inércia noutros,
fazem-nos viver num mundo de incerteza e mudança.
No início, os estudos prospetivos procuravam maximizar a capacidade de
previsão dos avanços da ciência e da tecnologia. No entanto, nas sociedades
modernas, a prospetiva impõe-se também face à conjugação de dois fatores
antagónicos: as constantes mudanças no domínio da tecnologia, da economia e do
tecido social, para as quais é importante haver uma visão a longo prazo, e a
resistência ligada às estruturas sociais e aos comportamentos enraizados.
As mudanças tecnológicas, económicas e sociais acontecem continuamente e
a grande velocidade, obrigando as organizações a grandes transformações.
A aceitação ou a resistência à mudança dependem muito de três fatores
essenciais: a utilidade da mudança, a adequação ou conveniência da mudança e a
rotina de um sistema social.
A resistência à mudança é reconhecida como uma resposta inevitável e um fator
importante que pode condicionar o sucesso dessa mudança. Está associada à forma
de lidar com mudanças, o medo do desconhecido, a proteção de interesses ou
mesmo desconfiança com base em experiências passadas. A resistência não
acontece por si só, mas face às incertezas e resultados potenciais que a
mudança pode causar. Como tal, desempenha um papel essencial chamando a atenção
para aspetos da mudança que podem ser inapropriados, mal pensados ou,
simplesmente, errados.
A previsão de possíveis atitudes ou sentimentos de resistência pode ser
um passo muito útil para antecipar quaisquer problemas potencialmente sérios
que poderiam surgir pela implementação da mudança proposta ou da forma de a
instituir.
Consultas:
http://www.aedb.br/seget/artigos09/243_UMA%20PROPOSTA%20DE%20MODELO%20PARA%20AVALIAR%20A%20RESISTENCIA%20A%20MUDANCA_seget.pdf