Revolução Verde
Entende-se por Revolução Verde o resultado de estudos e experiências
através de cruzamentos que originam plantas de alto rendimento que, combinados
com a aplicação de fertilizantes e herbicidas, aumentam o rendimento das
culturas de alimentos tradicionais.
Com recurso à biotecnologia introduzindo plantas geneticamente
modificadas, ensaiam-se novos passos na agricultura, numa estratégia para
alcançar maiores e melhores produções, a que alguns apelidaram de Revolução
Verde II.
Como principais características dos alimentos geneticamente modificados,
destacam-se: o aumento do seu teor em aminoácidos essenciais ou açúcar; aumento
do seu conteúdo em vitaminas e proteínas ou minerais, assim como o aumento da
sua capacidade de conservação.
Os alimentos transgénicos, pelas suas características, parecem ser a
resolução dos problemas alimentares da humanidade, no entanto, sendo os
transgénicos organismos geneticamente modificados, viabilizam o aparecimento de
organismos que nunca existiram na natureza, o que reforça a ideia de que
pisamos terreno novo, com a possibilidade de riscos desconhecidos na história
humana.
Desconhece-se ainda a função exata dos genes e, ao introduzir-se um gene
num determinado ser vivo para lhe dar uma nova propriedade, pode levar a que
nesse organismo se introduzam outras características não desejadas.
Não há estudos suficientes sobre os potenciais efeitos adversos dos
alimentos geneticamente modificados na saúde humana e nos animais para que
justifiquem a segurança desses alimentos e, face aos grandes interesses
económicos que estão por trás na introdução deste tipo de produtos, fica a
sensação de que estamos a ser utilizados como cobaias.
Os riscos de contaminação biológica, ameaça à biodiversidade e eventual
criação de novos vírus, são questões a que não podemos ficar indiferentes.
Alguns estudos têm alertado para a «contaminação genética», apontando
potenciais riscos para o meio ambiente.
Face às questões que se levantam em relação às culturas transgénicas:
contaminação biológica, ameaça à biodiversidade, eventual criação de novos
vírus e impactos na saúde das pessoas e dos animais, poderão as carências
alimentares ter de passar por outras soluções.
A ciência também aconselha novos métodos de cultivo baseados na
agricultura integrada e biológica – ou natural – com índices de produção
bastante razoáveis e amigos do ambiente.
Talvez seja este o melhor caminho para a produção de alimentos de forma
sustentada e que sejam capazes de suprir as carências alimentares das
populações.
De qualquer forma, por mais que se aumente a produção de alimentos sem
se atender à sua redistribuição, ou seja, sem aumentar o poder de compra dos
mais necessitados, acabamos por produzir excedentes que não chegarão à boca de
quem mais deles precisa.
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