Pensa-se que «molete» é o aportuguesamento do nome do general francês
Mollet (ou Moulet), um dos comandantes do exército inimigo quando das invasões
francesas. O molete é um pão em forma de bola tal como outros produtos
similares de padaria conhecidos noutras regiões por: trigo, carcaça, papo-seco,
ou simplesmente um pão.
Atribui-se a origem do nome “molete” à região de Valongo, pois era aí que
se produzia o pão que se consumia na cidade do Porto. Tradicionalmente um pão
demasiado grande, para consumo individual, a Regueifa.
Aconteceu que quando das invasões francesas o general Moulet (ou Mollet)
tomou de assalto o Convento que é hoje o Colégio da Formiga, em Ermesinde, aí
aquartelou as suas tropas e se tornou um grande apreciador desse pão, não o
dispensando ao pequeno-almoço todos os dias.
Em virtude de ter um exército para alimentar e, face à crise de cereais
existente, determinou que o pão teria que ser mais pequeno e em doses
individuais.
Na localidade, os padeiros tinham que ter o pão, sempre fabricado durante
a noite, pronto à mesma hora. Já que eram obrigados a confecionar os pães
pequenos para o exército, faziam mais alguns para venda.
Assim, quando carregavam as cestas com o pão que iam para o Porto, como
não sabiam falar francês, diziam: lá vai
o pão para o Molete!
E foi assim que os pãezinhos pequenos começaram a ser conhecidos como
“moletes”. Como se verificou ser uma ideia bastante prática, passaram a ser
fornecidos às populações até aos nossos dias.