sábado, 20 de outubro de 2012

Medição do tempo




O tempo sempre foi uma questão fundamental para a humanidade. Desde os primórdios da nossa existência que se notou a necessidade da contagem do tempo. Desde a observação dos fenómenos naturais: a contagem do dia e da noite; as fases da Lua; a posição dos astros; a variação das marés ou o crescimento das colheitas, foram formas de se medir «o tempo que passou».
Desde o Neolítico, passando pelos ciclos da pedra da cultura megalítica, pelas torres de observação desde a Babilónia à Índia e América, que a preocupação e necessidade de medir o tempo se encontra documentada noutros aparelhos, desde as clepsidras (relógios de água) ou ampulhetas (relógios de areia) em que, num e noutro caso, um fluído se escoa e um volume se mede, assim como os relógios solares da idade média, instrumento astrológico fixo ou móvel, e os relógios de combustão (velas e candeias), até ao relógio mecânico que surge na Renascença, inicialmente com a função de predizer ou indicar acontecimentos astronómicos (século XV) e se converteu, gradualmente, em relógio marcando o compasso da hora, tornando-se em instrumento de regulação da vida comunitária.
A descoberta dos satélites de Júpiter (século XVII), por Galileu Galilei, revelando que há mais mundos para além do nosso, e a dialética sobre os principais sistemas do Mundo, o Geocêntrico e o Heliocêntrico (1632), que se encontra documentada nesta grande descoberta observacional e de grande alcance teórico e prático, permitiu, para além dos movimentos do Sol, da Lua, e dos restantes astros (devido ao movimento da Terra) já utilizados para medir o tempo, utilizar também os movimentos dos satélites de Júpiter (como um relógio fixo no céu) para medir o tempo, e com a vantagem de ser um tempo igualmente observável de qualquer ponto da Terra. Um objetivo que Galileu Galilei e os outros prosseguiram com vista ao aperfeiçoamento das técnicas de navegação.