O fanatismo é a única forma de força de vontade acessível aos fracos.Friedrich Nietzsche

sábado, 29 de setembro de 2012

O impacto da globalização nas nossas vidas


A globalização é resultante da evolução tecnológica associada a grandes mudanças no âmbito das telecomunicações, da produção, da comercialização e nos mercados financeiros mundiais.
É um fenómeno que está a provocar profundas alterações nas sociedades, afetando as nossas vidas pessoais e íntimas, entrando nas nossas casas, nas comunidades ou contextos locais através de meios impessoais como os média, a internet, a cultura popular ou através do contato pessoal com indivíduos de outros países e culturas.
O fenómeno da globalização obriga-nos a redefinir muitos dos aspetos das nossas vidas pessoais, familiares, os papéis de género, a sexualidade, a identidade pessoal, as nossas relações com os outros e as relações laborais. No fundo, a forma como nos concebemos a nós próprios e a nossa relação com os outros na sociedade.
Nesta época em que vivemos, os indivíduos têm muito mais oportunidades para configurar as suas vidas do que no passado. Antigamente os valores e os estilos de vida dominantes forneciam as regras que guiavam as pessoas na sua vida. As entidades pessoais formavam-se no seio da comunidade em que nasciam. A tradição e os hábitos tinham uma influência determinante na vida das pessoas. A classe social, o género, a etnia e religião, eram condicionantes de peso para se ter acesso ao conhecimento, à cultura e a melhores níveis de vida. O espaço natural da mulher era o lar e a sua vida e identidade eram, em grande medida, definidas pelo marido ou pelo pai e aos filhos estava reservado seguirem, para toda a vida, a profissão do seu predecessor ou outra análoga ao seu estatuto.

sábado, 22 de setembro de 2012

Gestão do trabalho


Existem várias definições de liderança, contudo o conceito contemporâneo de liderança diz que “liderança é a capacidade para influenciar um grupo de pessoas a atuar no sentido da prossecução dos objetivos desse mesmo grupo ou da organização”.
Sendo apenas uma das muitas tarefas de um gestor, a forma como se exerce a liderança repercute-se enormemente não só na evolução da empresa, mas também na forma como a empresa, como organização, é vista, quer pelos seus empregados, quer pelas restantes partes interessadas.
É tão grande a importância da liderança na gestão das organizações, que muitas vezes é confundida com a própria gestão. No entanto, nem todos os líderes são gestores, do mesmo modo que nem todos os gestores são líderes.
A liderança é uma influência de relacionamento, contudo a gestão é um relacionamento de autoridade. A liderança é executada por líderes e pelos seus seguidores envolvendo-os na procura de mudanças reais na organização, ao passo que a gestão é levada a cabo pelos gestores e os seus subordinados envolvendo a coordenação de pessoas e recursos para a produção e venda de bens ou serviços na organização.
Liderar consiste em guiar, orientar e exercer influência, e gerir consiste em realizar, assumir responsabilidades, comandar.

quinta-feira, 13 de setembro de 2012

O país da não-inscrição


“Em Portugal nada acontece.” (…) “Nada acontece, quer dizer, nada se inscreve – na história ou na existência individual, na vida social ou no plano artístico.”(José Gil)
Com a Revolução de Abril, e a seguir ao «verão quente de 75», a afirmação dos valores democráticos da igualdade, liberdade e tolerância como que fez esquecer das consciências e da vida a guerra colonial, os vexames, a cultura do medo e a pequenez medíocre engendrada pelo salazarismo. Não houve julgamentos dos responsáveis pelo antigo regime. Um manto como que tapou a realidade repressiva, castradora e humilhante desse nosso passado recente. Como se fosse possível apagar da mente e da história a realidade, sem que as cicatrizes do passado reaparecessem aqui ou ali a testemunhar o que se quis apagar mas que insiste em permanecer.
Quando não se faz de forma devida o luto, o morto e a morte virão assombrar-nos sem descanso.
Com efeito, no tempo de Salazar, o país vivia mergulhado num tal obscurantismo, que a existência individual nos tolhia quase por completo. O que ditava a moral do salazarismo era uma sucessão de atos obscuros, com tanto mais valor quanto se faziam modestos, humildes, despercebidos, onde não havia espaço público e tempo coletivo visíveis, senão na eternidade muda das almas, segundo a visão católica própria de Salazar.

sábado, 8 de setembro de 2012

A Informação e a Comunicação nas Organizações


A Comunicação é uma das maiores dificuldades das pessoas dentro das organizações, apesar de frequentemente existir muita informação disponível – se nos quisermos dar ao trabalho de a obter –, pelo simples facto de ser um processo que deve funcionar nos dois sentidos, devendo haver de ambas as partes interesse para que resulte, o que não acontecerá principalmente nas organizações de maior dimensão.
O importante não é que haja muita comunicação, muito menos apenas informação, mas que todos se sintam envolvidos, se sintam parte do grupo e que sintam que a sua opinião tem influência nas decisões que dizem respeito à organização.
A comunicação é um estado de espírito. Comunicar não é informar, implica diálogo. Comunicar significa informar nos dois sentidos – dar e receber informação. Para isso, a comunicação tem que despertar interesse, ser algo que nos diga respeito, deve ser obra de todos. Deve haver da parte dos comunicantes um esforço de compreensão e de simplificação do discurso para que a comunicação seja profícua.
Ao nível das organizações, a comunicação tem assumido um papel fundamental, exigindo dos profissionais da área conhecimentos, uma visão abrangente do mercado e uma visão estratégica de negócios, englobando o cuidado com a imagem da empresa, melhorando os serviços e aumentando a produtividade e o lucro. Quando uma organização não se comunica bem por falta de comunicação interna e externa logo surgem os problemas: desmotivação dos seus funcionários, perda de confiança de fornecedores e clientes insatisfeitos.

sexta-feira, 7 de setembro de 2012

A política portuguesa

A política vista por: Victor Moura-Pinto, TVI.
E o Sr. Relvas faltou às aulas, foi p'ra Timor, claro, não precisa!
P'ra onde vai a massa? Vejam bem! Dinheiro há muito, a vergonha é que é pouca!

terça-feira, 4 de setembro de 2012

A Política à Portuguesa

A política vista por: Victor Moura-Pinto - TVI.
Se somos todos iguais; ou há moralidade, ou comem todos; ou, então um bom par de patins... não ficaria mal... a certos personagens, claro!

domingo, 2 de setembro de 2012

As relações laborais


A subsistência dos povos na antiguidade era conseguida através do trabalho. A denominação de trabalho que se conhece surgiu com a escravatura em que os trabalhadores eram tidos como meros objetos; posteriormente o trabalho passou a servidão, passando o trabalhador do estado de coisa a ser visto como pessoa, no entanto, privado da sua liberdade; mais tarde, o advento das corporações veio amenizar um pouco a escravidão, pois os trabalhadores já não serviriam o seu senhor, deviam respeito ao mestre.
Entretanto aparece o artesanato como uma forma de produção industrial muito simples, onde havia a divisão do trabalho – concentração de trabalhadores sob a orientação de um chefe num mesmo local, para a produção de produtos ou alfaias. A primeira forma de produção organizada, com prazos de entrega, especificações pré-estabelecidas e fixação de preços das encomendas.
A partir do início da revolução industrial começa a haver, embora de forma incipiente, a consciencialização de que os trabalhadores estavam a ser submetidos a grande exploração, mas só na primeira metade do século XIX, e na sequência de várias greves encetadas, aparecem os primeiros órgãos de defesa dos seus direitos.
A partir de 1830, em diversos países, mas especialmente nos mais industrializados – França, Alemanha, Inglaterra, entre outros – os trabalhadores começam a organizar-se com o intuito de fixar um limite de horas para a jornada de trabalho. Em 1847 surge em Inglaterra a primeira lei que impõe o limite máximo de trabalho de 10 horas diárias. Um ano mais tarde, em França, é imposto o limite de 10 horas, em Paris, e 11 horas no restante do país.