O fanatismo é a única forma de força de vontade acessível aos fracos.Friedrich Nietzsche

sábado, 30 de abril de 2016

A evolução do automóvel


O automóvel (do grego auto, por si próprio, e do latim mobilis, mobilidade) ou carro é um veículo motorizado, com quatro rodas, em geral destinado ao transporte de passageiros e mercadorias e um dos meios de transporte mais populares do mundo.
A definição abrange todos os veículos com autopropulsão movidos a combustão interna que pode ser gerada por gasolina, gasóleo, gás, álcool, bio gasóleo ou por qualquer outra mistura de combustível, comburente e calor que provoque a combustão interna, ou híbrido (motor de combustão interna e elétrico), ou ainda veículos que se movimentem por meio de motores elétricos com a finalidade de transporte de passageiros e carga.
O automóvel dos dias de hoje dispõe, tipicamente, de um motor de combustão interna, no geral a quatro tempos, propulsionado a gasolina, gasóleo ou álcool, havendo já em circulação muitos veículos híbridos (motor de combustão interna e elétrico), tendo sido já introduzidos no mercado veículos equipados exclusivamente com motor elétrico.
Desde os primeiros veículos inventados e experimentados, até ao aparecimento da indústria automóvel e o seu impacto na economia, a forma como se alterou e alimentou às necessidades do consumidor, o automóvel tornou-se um meio de transporte eficaz, impôs-se na sociedade, popularizou-se e nunca deixou de ser uma forma de afirmação, de estatuto social.
A nível mundial a estatística aponta para a existência de um veículo por cada onze pessoas e, no contexto legal, a circulação automóvel encontra-se definida pelo código de estrada, que pode variar entre países.
HISTÓRIA
Não se pode definir com exatidão um momento na história do automóvel como o início desta grande invenção.
Já no século XVII se idealizavam os veículos impulsionados a vapor; Ferdinand Verbiest, um padre da Flandres, demonstrara-o em 1678 ao conceber um pequeno carro a vapor para o imperador da China. Mas, se ficou escrito que o veículo do padre Verbiest rodava, estudiosos descobriam que, antes dele, Leonardo da Vinci (1452-1519) criou o projeto de um “veículo que se move por si próprio”, definição que o Dicionário da Associação de Língua Portuguesa refere como um automóvel. Este veículo, foi recriado e executado em 2003 por uma equipa de estudiosos, de acordo com os planos originais. Construído em madeira, era animado pelo movimento de molas ao estilo do que acontecia com os relógios mais antigos. No entanto, Leonardo nunca teve possibilidade de avançar com a sua produção.
Em 1769, Nicolas-Joseph Cugnot elevava a demonstração à escala real, ao utilizar um motor a vapor para movimentar um veículo, embora a sua aplicação tenha passado na sua terra-natal, França, aparentemente despercebida, mas passando a desenvolver-se, sobretudo no Reino Unido, onde Richard Trevithick montou um vagão a vapor em 1801.
Este tipo de veículos manteve-se em voga durante algum tempo, sofrendo ao longo das próximas décadas inovações como o travão de mão, a caixa de velocidades, assim como ao nível da velocidade e direção; alguns atingiram o sucesso comercial, contribuindo significativamente para a generalização do tráfego. Contudo, uma reviravolta contra este movimento em resultado de leis restritivas, que obrigavam aos veículos automóveis a serem precedidos por um homem a pé acenando uma bandeira vermelha e soprando uma corneta, travaram o desenvolvimento do automóvel no Reino Unido até finais do século XIX. Entretanto, os inventores e engenheiros desviavam os seus esforços para o desenvolvimento dos caminhos-de-ferro, as locomotivas. A lei da bandeira vermelha só seria suprimida em 1896.
Com efeito, os primeiros veículos que surgiram foram o resultado de sucessivas aproximações e adaptações tecnológicas que se desenvolveram, gradualmente, em torno de um objetivo comum: viajar rápido, com comodidade e, sobretudo, com um mínimo de esforço para os ocupantes e com um máximo de segurança.
No entanto, só com a introdução do motor de combustão interna a quatro tempos a gasolina, inventado por Karl Benz em 1885, na Alemanha, é que se começou a considerar a viabilidade de um veículo autopropulsionado que oferecesse as condições já mencionadas. Contudo, apesar de Benz ser creditado pela invenção do automóvel moderno, muitos outros engenheiros, também alemães, pesquisavam simultaneamente sobre a construção de automóveis. Em 1886, Gottlieb Daimler e Wilhelm Maybach, construíram a primeira adaptação da carruagem para o transporte automóvel.
Experiências isoladas, realizadas em toda a Europa, ao longo das décadas de 1860 e 1870, contribuíram para o aparecimento de algo semelhante ao automóvel atual. Uma das mais significativas foi a invenção de um pequeno carro impulsionado por um motor a 4 tempos, construído por Siegfried Markus (Viena, 1874). Os motores a vapor – que queimavam o combustível fora dos cilindros –, deram lugar aos motores de combustão interna, que queimavam no interior do cilindro uma mistura de ar e gás de iluminação. O ciclo de 4 tempos foi utilizado com êxito pela primeira vez em 1876, num motor construído pelo engenheiro alemão conde Nikolaus Otto.
A primeira patente do automóvel nos Estados Unidos da América foi concedida a Oliver Evans, em 1789. Mais tarde, em 1804, Evans demonstrou o seu primeiro veículo automóvel que não só foi o primeiro automóvel nos EUA mas também o primeiro veículo anfíbio, já que este veículo a vapor dispunha de rodas para circulação terrestre e de pás para circulação na água.
O belga Etienne Lenoir construiu um automóvel com o motor de combustão interna, cerca de 1860, embora fosse propulsionado por gás de carvão. A sua experiência durou 3 horas para percorrer 7 milhas (cerca de 11,3 km) — teria sido mais rápido fazer o mesmo percurso a pé — e Lenoir abandonava as experiências com automóveis. Os franceses reclamam que um Deboutteville-Delamare terá sido bem-sucedido; em 1984 celebraram o centésimo aniversário desse automóvel.
É geralmente aceite que os primeiros automóveis de combustão interna a gasolina tenham surgido quase simultaneamente através de vários inventores alemães, trabalhando independentemente: Karl Benz construiu o seu primeiro automóvel em 1885 em Mannheim, conseguindo a patente a 29 de Janeiro do ano seguinte e iniciado a primeira produção em massa a 1888. Pouco tempo depois, Gottlieb Daimler e Wilhelm Maybach, em 1889 em Estugarda, concebiam um veículo de raiz, descartando a típica carroça em função de uma carroçaria específica dotada de motor. Em 1885 eram construídos os primeiros automóveis de quatro rodas propulsionados a petróleo, em Birmingham, Reino Unido, por Fredericl William Lanchester, que também patenteou o travão de disco.
Décadas mais tarde, Henry Ford passaria a fabricar automóveis em série, destacando-se o Ford T, fabricado de 1908 a 1927, cujas vendas ultrapassaram os 16 milhões de unidades. A produção em massa de automóveis, iniciada por Henry Ford, foi determinante para a generalização deste meio de transporte. A circulação aumenta e surgem os primeiros sinais de trânsito.
Alguns modelos da indústria automobilística, entre populares e de luxo, tornaram-se célebres, destacando-se pela evolução e pelo desenho.

Os Pioneiros — 1895/1904
O primeiro automóvel chega a Portugal em 1895. É um veículo da marda Panhard & Levassor, importado de Paris pelo IV Conde Avilez, havendo dúvidas na Alfândega de Lisboa sobre a taxa aduaneira a aplicar a «tão estranho artefacto»: seria uma máquina agrícola ou uma “locomobile”? (máquina movida a vapor) Adota-se a última definição.
Na primeira viagem que realiza, entre Lisboa e Santiago do Cacém, este veículo é protagonista do primeiro acidente de viação em Portugal ao atropelar um burro.
Os primeiros tempos do automobilismo não são fáceis para os condutores. A velocidade que os automóveis atingem, cerca de 30 km/h, é considerada uma "coisa do diabo." O ruído que produzem assusta pessoas e animais.
A sua mecânica e acessórios são de difícil utilização. Para pôr o motor em marcha, é necessário manobrar várias alavancas e abrir uma série de válvulas. A iluminação é feita através de lanternas ou faróis de carboneto. As rodas são revestidas a borracha maciça, o que torna as viagens muito desconfortáveis. Só mais tarde será generalizado o pneumático.
A forma destes veículos permite apenas viajar em "cima deles" e não "dentro deles", o que obriga ao uso de roupas especiais e adereços de proteção. No princípio do século XX, conduzir um automóvel é uma prova de perseverança e resistência através da qual os seus proprietários demonstram a sua perícia e espírito aventureiro.
Os primeiros automobilistas demonstram a sua capacidade de resistência e a eficiência das suas máquinas realizando "excursões" com os seus automóveis. Nestas viagens, surgem problemas mecânicos e dificuldades relacionadas com a pouca funcionalidade dos veículos.
A procura de soluções para estas falhas traz melhorias técnicas e formais, das quais se destacam: a invenção do motor de arranque e a iluminação elétrica.
Diferente de antigamente, hoje o automóvel possui características como conforto e rapidez, alé de ser bem mais silencioso e seguro. Nos últimos anos, os carros vêm passando por inúmeras mudanças, tornando-os cada vez mais cobiçados por grande parte dos consumidores. Todo o processo de fabricação gera milhões de empregos em todo o mundo e movimenta biliões de euros, gerando lucros para as multinacionais que os fabricam.
O carro do futuro
Os avanços da tecnologia permitem que os carros de hoje sejam algo que eras inimaginável para os pioneiros da indústria automóvel e os carros do futuro terão inovações que, para muitos de nós ainda parecerão do reino da fantasia.
Acredita-se que não faltará muito tempo para que os veículos modernos estejam permanentemente ligados à internet, permitindo o controlo total da viatura.
Através de câmaras instaladas no interior, será possível controlar o que se passa dentro do carro ou à sua volta, conferir o nível do combustível, verificar todos os equipamentos, ligar e desligar o carro.
Já existem, em veículos topo de gama, sistemas de controlo capazes de medir a distância entre o veículo da frente e o de trás, calcular a velocidade e a posição relativa e manter uma distância de segurança entre veículos para prevenir acidentes e avisar o condutor sempre que uma situação potencialmente perigosa surgir.
Surgirão, à semelhança das aeronaves, sistemas de armazenamento de dados (caixa preta) que podem ajudar as autoridades a descobrir as causas de um acidente e contribuir para a criação de veículos cada vez mais seguros.
A breve trecho os carros movidos a eletricidade tornar-se-ão mais eficientes e com maior autonomia, e talvez seja uma realidade, num futuro não longínquo, a existência de carros “inteligentes” capazes de responderem às nossas ordens e nos transportarem sem necessidade de condutor.
Páginas consultadas:
http://pt.wikipedia.org/wiki/Autom%C3%B3vel
http://pt.wikipedia.org/wiki/Hist%C3%B3ria_do_autom%C3%B3vel
http://forum.motorclassico.pt/showthread.php?t=945
http://sub.automotor.xl.pt/galeria/pioneiros/primeiro.shtm

sábado, 16 de abril de 2016

O sobreendividamento

Tem sido explicado até à exaustão quais as razões do sobreendividamento do nosso país. Desde os anos 90 do século passado (como em décadas anteriores noutros países desenvolvidos), as classes médias habituaram-se a consumir, de forma fácil, com recurso ao crédito bancário levando muitos cidadãos a endividarem-se por várias décadas para adquirirem bens essências e supérfluos.
Com a entrada na zona Euro, Portugal passou a usufruir de condições únicas de acesso ao crédito, quer para privados quer para o próprio estado. O fraco crescimento da economia resultado da canalização dos investimentos no mercado imobiliário e em grandes projetos de obras públicas de retorno duvidoso, como resultado da política despesista dos governos, levaram ao acumular de défices e ao sobreendividamento.
Por sua vez, numa Europa unida, onde o princípio da igualdade e da solidariedade não tem acontecido, os mercados financeiros aperceberam-se disso e chegado o momento de pagar as dívidas vencidas, e havendo necessidade de contrair nova dívida para solver a anterior, fizeram disparar as taxas de juro. Este fenómeno não foi estritamente europeu e muito menos português pois teve o seu início nos Estados Unidos.
Acontece que os americanos possuem moeda própria e enfrentaram o problema, começando a sua economia a dar sinais de crescimento, enquanto na Europa a solução tem sido sempre adiar a resolução da crise com pequenos remendos, permitindo aos mercados financeiros especularem com a situação baixando a notação dos países sobre endividados e das suas instituições, exigindo taxas de juro especulativas e planos de austeridade dolorosos em que, como sempre, as principais vítimas são as populações mais carenciadas.
A zona Euro continua sem uma política monetária capaz de enfrentar os mercados financeiros e, até hoje, os mais ricos do clube €uro tentam contornar a crise com paninhos quentes, num contínuo adiar de soluções para contornar o problema.
Fontes:
http://www.portais.ws/?page=art_det&ida=1995
http://www.ie.ufrj.br/images/pesquisa/pesquisa/textos_sem_peq/texto1112.pdf

sábado, 2 de abril de 2016

A complexidade da definição de «saúde»

Regras básicas para viver uma vida mais saudável
Para viver uma vida saudável é fundamental atendermos ao nosso bem-estar físico, mental e social.
Para o nosso bem-estar físico é necessário adquirir hábitos saudáveis dando especial importância à alimentação, ao exercício físico e ao descanso retemperador, e adotar políticas de higiene e de prevenção de doenças;
O equilíbrio emocional é fundamental para o bem-estar mental e pode ser obtido pelo bom convívio familiar e social. A depressão, o nervosismo e a insegurança bloqueiam o sistema imunológico, diminuindo a defesa contra doenças. O estarmos bem com nós próprios e o laser é parte fundamental no processo do bem-estar mental.
Relação de saúde com qualidade de vida
Enquanto para alguns, vida saudável é evitar contrair doenças, o conceito de vida saudável é bem mais amplo e abrangente.
Há múltiplos fatores que influenciam a saúde, como: o relacionamento no seio familiar e no trabalho; o local em que vivemos; o nosso estado emocional e até mesmo o estado espiritual.
Se não houver harmonia entre todos os fatores, a tendência para adoecer está mais facilitada.
O nosso bem-estar tem muito a ver com o estarmos bem com nós próprios, e esta sensação, se bem que dependa da predisposição genética de cada um de nós, depende também do ambiente que nos rodeia, dos cuidados que temos com a nossa saúde e da disposição psicológica para enfrentar a vida.
Saúde e qualidade de vida têm a ver, além dos aspetos imateriais, também com os materiais que dizem respeito essencialmente às necessidades básicas como: habitação, abastecimento de água e saneamento básico, educação, serviço de saúde, situação laboral e uma condição económica estável.
Consultas: