terça-feira, 29 de dezembro de 2015

Ano Novo

      Para ganhar um ano novo que mereça este nome, tem de merecê-lo, tem de fazê-lo de novo. Eu sei que não é fácil, mas tente, experimente. É dentro de si que o Ano Novo cochila e espera desde sempre.
      Que o novo ano não seja como o outono da vida onde as folhas caem deixando apenas lembranças de dias bons e ruins, mas seja como a primavera de vida que produz frutos, e dos frutos sementes de onde nascem novas plantas que podem ser plantadas a cada dia e colhidos novos frutos a cada amanhecer…
FELIZ 2016!

sábado, 19 de dezembro de 2015

Natal

A época natalícia é o momento de reunião das famílias e dos amigos. No momento conturbado em que vivemos, torna-se, mais do que nunca, imperioso a refletir sobre os motivos que levam os membros de certos grupos extremistas a perpetrar atos de autentico massacre sobre pessoas inocentes, movidos pelo ódio e pela vingança em nome de uma fé, que dizem ser sua e que pretendem impor aos outros.
Se a atmosfera da quadra do Natal é propícia à paz e à concórdia, espero que impulsione na mente dos dirigentes mundiais a vontade de solucionar os conflitos que alastram pelo Globo, não de forma a radicalizar ainda mais os antagonismos, mas para que o entendimento entre os povos possa vir a ser uma meta no horizonte, ainda que longínquo. Para isso é preciso abrir mão de muitos interesses, quantas vezes obscuros, das várias fações, interesses que não são dos povos que dizem defender, mas de oligarquias que se servem dessas fações para perpetuarem os seus privilégios.
Que neste Natal cada ser humano procure doar um pouco de si. Não somente em coisas materiais, mas principalmente em pequenos gestos para com o próximo.

FELIZ NATAL

sábado, 12 de dezembro de 2015

Balanço térmico – Modelos climáticos

As correntes oceânicas têm papel importante no transporte de energia do planeta e contribuem para reduzir a taxa de variação da temperatura ao longo do meridiano terrestre. A água salgada altamente concentrada e muito fria tem densidade elevada e afunda produzindo uma corrente descendente, criando uma corrente marinha profunda de água fria e muito salgada. Na sua deslocação a água vai sendo aquecida e misturada diminuindo a concentração salina e a densidade, originando uma corrente ascendente de água aquecida e de baixa salinidade que por sua vez acarreta uma corrente marinha superficial que vai completar o espaço deixado pela imersão da água fria e altamente salina. Esta circulação da água do mar é denominada de circulação termohalina. As correntes oceânicas são responsáveis em grande parte pela distribuição do calor e consequentemente do clima em muitas regiões do planeta.
Por sua vez o vento, ou seja, o ar em movimento, move-se horizontalmente (em superfície e em altitude) e também verticalmente, devido às diferenças de pressão em diversos locais da terra. O seu mecanismo está expresso na primeira Lei da Circulação atmosférica, do holandês Buys Ballot, que diz "os ventos sopram sempre das áreas de alta pressão para as áreas de baixa pressão". Como nas áreas de menor temperatura ou mais frias a pressão é maior, o vento sai dessas áreas e desloca-se em direção às de maior temperatura, que apresentam menor pressão. Quanto maior for a diferença de pressão entre as regiões, maior será a velocidade do vento, podendo ocorrer, nessas situações, vendavais ou ventos mais fortes, que recebem diferentes nomes, conforme o local: furacão (Caribe), tornado (EUA), tufão (Ásia). Em superfície, os ventos alísios sopram dos trópicos para o Equador, que é uma área ciclonal, de convergência de ventos. Nas áreas equatoriais, o ar quente (mais leve) é húmido. Em altitude, o ar arrefece e retorna aos trópicos (contra-alísios).
De uma forma simplista podemos afirmar que o contributo dos oceanos para o transporte de calor está na transferência, através das correntes superficiais das águas mais quentes e menos densas que vão ocupar o espaço das correntes descendentes das águas mais frias e mais densas que, por sua vez, na sua deslocação vão aquecendo, dando origem a correntes ascendentes, face à diminuição da sua densidade.
Quanto aos ventos, devido às diferenças de pressão, as transferências de temperatura dão-se em virtude dos seus deslocamentos das zonas mais frias, de maior pressão, para a zonas mais quentes, onde a pressão é menor.
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O modelo é uma representação de uma realidade e pode ser mais ou menos elaborado.
Os modelos climáticos globais são utilizados para entender melhor os efeitos a longo prazo das mudanças globais tais como o aumento de gases de efeito estufa ou a diminuição do gelo do mar Ártico. Os modelos são utilizados para simular as condições climáticas ao longo de centenas de anos, para assim se poder prever o que provavelmente vai mudar no clima do nosso planeta. As investigações das alterações climáticas baseiam-se nos resultados produzidos pelos modelos climáticos.
As previsões relacionadas com o clima têm por base os resultados produzidos nos modelos climáticos, nos quais são tidos em conta os elementos naturais que influenciam as alterações climáticas, no entanto, ainda não se conhecem bem os efeitos que a atividade humana terá nas mudanças do clima. Se o clima não tem uma natureza constante, o desconhecimento efetivo dos efeitos da ação do homem mais acentuam as dificuldades nas suas previsões.
Os modelos climáticos globais (GCM, sigla em Inglês) usam equações matemáticas para descrever o comportamento dos fatores que afetam o clima. Esses fatores incluem a dinâmica da atmosfera, oceanos, superfície da Terra, os seres vivos, o gelo do mar e a energia do Sol, entre outros.
Como o clima não tem uma natureza constante, a compreensão das suas alterações baseia-se no conhecimento das ocorrências passadas, na sua investigação e na investigação dos fenómenos que ocorrem. São múltiplos os fatores que influenciam as mudanças do clima e muitas as interrogações sobre os efeitos que eles provocam e, como ainda não existe uma teoria geral do clima e das alterações climáticas, não estamos (a comunidade científica) ainda em posição de compreender cabalmente as causas das alterações do clima na Terra.
Sítios (sites) consultados:
Nota de rodapé:
Entretanto, na maior das (a)normalidades a Cimeira do Clima, em Paris, que deveria ter terminado ontem ainda continua, por que não há acordo. O (a)normal seria que todos se entendessem!

sábado, 5 de dezembro de 2015

A quantidade e a qualidade dos recursos hídricos

O aquecimento global causado pelas crescentes concentrações de gases de efeito de estufa, resultantes da queima dos combustíveis fósseis e da desflorestação, tem sido apontado como a causa das alterações climáticas de que resultam alterações de precipitação, provocando enchentes intercaladas com períodos de seca, com consequências no ciclo hidrológico.
A importância dos recursos hídricos em qualquer processo de desenvolvimento socioeconómico é inquestionável, particularmente no mundo atual, onde a água, além de cumprir o seu papel natural de abastecimento para a satisfação das necessidades humanas, animais, vegetais e produtivas, serve como veículo para os despejos de efluentes urbanos, industriais, agrícolas e extrativos.
Estima-se que cerca de 1/3 da população mundial viva em países sob pressão hídrica moderada a forte, em que o consumo de água é superior a 10% dos recursos hídricos renováveis, de acordo com a definição de pressão hídrica do Banco Mundial. Portugal encontra-se numa situação hídrica moderada, mas encerra realidades regionais diversificadas.
De acordo com a Organização Mundial de Saúde, menos de 1% da água doce do mundo (o que representa cerca de 0,007% de toda a água da Terra) está diretamente disponível. A escassez de água para consumo humano no planeta poderá constituir o maior problema ambiental e de saúde pública do milénio.
Grande parte do abastecimento mundial de água depende dos aquíferos. Torna-se impossível o fornecimento de água para o abastecimento humano, industria e agricultura, se este recurso não for convenientemente aproveitado, sendo esta a maior e mais segura de todas as fontes de água potável existente na Terra.
Portugal explora cerca de 60% do seu potencial hídrico e disponibiliza acesso a água em quantidade e qualidade a cerca de 80% da população. Este subaproveitamento é ainda condicionado porque mais de metade dos recursos hídricos superficiais resultam do aproveitamento dos caudais dos rios internacionais e as decisões tomadas do outro lado da fronteira afetam o curso da água no nosso país, bastando uma seca para que o fluxo de água que chega a Portugal sofrer uma redução significativa.
O escoamento da precipitação contribui para o aumento dos caudais dos rios e dos lençóis subterrâneos em Portugal, e fatores como o sistema montanhoso do norte e do centro, aliada à maior concentração vegetal, contribuem para precipitações mais elevadas de que resultam uma maior disponibilidade de recursos hídricos, ao invés do sul, tendencionalmente plano, com pouca vegetação, onde os índices de pluviosidade são menores e consequente escassez destes recursos. Assim, enquanto a norte, o balanço entre as necessidades e os consumos ainda são positivos, da zona da Estremadura para sul, as necessidades e os consumos são maiores do que a disponibilidade de água.
O aumento exponencial do consumo aliado à crescente adição de substâncias estranhas e tóxicas aos recursos hídricos, têm feito diminuir a quantidade de recursos hídricos disponíveis e, consequentemente, tem crescido a necessidade de se pensar em novas opções de gestão, a nível local, regional e global, deste bem tão precioso e nem sempre suficientemente valorizado.
A pegada hídrica de um país é um conceito relativamente recente, mas cada vez mais importante, sempre que falamos em escassez de água.
A escassez dos recursos hídricos é cada vez maior, tornando-se necessário tomar algumas medidas urgentes de poupança de água. Cada um de nós tem a responsabilidade de poupar água no seu dia-a-dia.