sábado, 30 de junho de 2012

Adoção de cuidados básicos de saúde


Os exercícios físicos realizados de forma regular ou frequente estimulam o sistema imunológico, ajudam a prevenir doenças, moderam o colesterol, ajudam a prevenir a obesidade, melhoram a saúde mental e ajudam a prevenir a depressão, entre outras.
O exercício físico obriga a que o coração bombeie mais sangue, oxigenando as células, permitindo que estas realizem melhor as suas funções.
Tudo parece indicar que a prática desportiva não só treina os nossos músculos, mas também pode treinar o nosso cérebro.
Segundo diversos estudos, uma simples rotina diária durante três meses pode provocar o crescimento dos nossos neurónios em determinadas áreas do cérebro onde se concentram as funções relacionadas com a aprendizagem e a memória – o hipocampo.
O exercício vigoroso melhora a interligação dos neurónios existentes, de modo a que o cérebro funcione mais rápida e eficazmente.
A prática continuada de exercício pode não só atrasar o envelhecimento das funções mentais, como até invertê-lo.
As experiências efetuadas em animais – nomeadamente ratos e outros roedores – em que lhes foram induzidas doenças como o Alzheimer ou Parkinson, indicaram que o exercício físico pode ajudar a travar a deterioração mental associada a estas doenças.

sábado, 23 de junho de 2012

O que é arte

Pela arte o homem representa ou exprime a sua da realidade. A arte começa no momento em que o homem cria e, através dessa criação, procura representar ou exprimir a realidade do seu tempo, confiando-a a uma matéria mais estável e que perdure para além da sua memória. Ao produzir a sua obra, exprime o seu sentimento, a impressão daquilo que o influencia, que o comove.
Procura transmitir o seu mundo aos outros. Aquilo que transporta dentro de si, o mundo desconhecido: o que sente, imagina e sonha. Procura na sua obra projetar aquilo que encerra em si, a necessidade de uma harmonia, de uma maneira de pensar e sentir. E tenta transmitir este segredo em algo legível equivalente para ser decifrado pelos outros. A arte é alguma coisa que se transporta para a matéria e aí fica gravada, a expressão, o reflexo do mundo exterior ou do mundo interior, ou dos dois ao mesmo tempo. Tudo o que está no espírito toma forma, torna-se realidade visível e, pela arte, esta realidade visível, até então meramente física, adquire um sentido humano, adquire uma alma.
A obra de arte é o encontro de três partes: o mundo da realidade visível, o ponto de partida e no qual procura o seus materiais e exprime a sua sensibilidade; o mundo da plástica, das necessidades impostas pela matéria de que é feita e a forma como se faz; o mundo dos sentimentos e dos pensamentos que movem e emocionam o artista, o seu interior, e aos quais tenta dar corpo.

sábado, 16 de junho de 2012

Posicionamento face ao mundo e aos outros


Obediência, fuga ou afastamento face ao mundo, e revolta.
A obediência será à partida uma forma de nos mantermos sociáveis mas, como seres humanos, inventamos formas de sociedade diversas, temos ideais, iniciativas, paixões, ambições próprias, que podem divergir dos outros e originar conflitos, quer com o seu semelhante ou mesmo com grande parte dos membros da sociedade. Alguém disse que “uma sociedade sem conflitos não seria uma sociedade humana, mas um cemitério ou um museu de cera”. Uma sociedade viva, com espírito de colaboração e entre ajuda, tem forçosamente diversidade de ideias, de opiniões, e desse confronto nascem as soluções para a implementação de medidas inovadoras conducentes ao bem-estar geral. O unanimismo é a ausência de ideias e o caminho para o retrocesso. Quando isso não acontece, quando não há comunhão de ideais, surge a contestação e a revolta.

domingo, 10 de junho de 2012

O ESTADO PROVIDÊNCIA


Pode-se dizer que o Estado Providência e o Serviço Nacional de Saúde são contemporâneos.
De facto, em Portugal, até aos anos cinquenta, o esforço do Estado na assistência social, só ou em associação com outras entidades, era muito reduzido.
Foi a partir da década de setenta, nomeadamente a partir de 1974, que houve uma aceleração muito significativa da proteção social por parte do Estado, podendo afirmar-se a cobertura universal do Estado Providência na viragem do século.
No setor da saúde, o início da prestação de serviços às populações, embora de forma restrita, terá começado pelos anos sessenta, mas foi a partir da década de setenta que se foi alargando a prestação de cuidados de saúde às populações por parte do Estado, o que deu origem à criação do SNS, em Setembro de 1979.
Podemos pois afirmar que o Estado Providência e o Serviço Nacional de Saúde nasceram e cresceram em paralelo, e fazem parte de um todo: Educação, Saúde e Segurança Social.

sábado, 2 de junho de 2012

O absoluto da recusa


“A recusa do trabalho e da autoridade, ou, melhor, a recusa da servidão voluntária é o começo de uma política libertadora”.
A recusa da servidão, que não a recusa de servir porque, para vivermos em sociedade, precisamos de servir e ser servidos. Qualquer um de nós, de uma forma ou de outra, já sentiu o desejo de recusa face a injustiças no local de trabalho ou dos poderes políticos. Como forma de revolta, a recusa é absoluta, categórica. Não discute nem faz ouvir as suas razões. É uma forma pacífica e silenciosa de rejeitarmos o poder que nos subjuga. Uma forma de desagrado para com aqueles que nos dominam.
Este tipo de recusa é apenas o começo de uma política libertadora, mas em si própria vazia. É uma fuga em relação à autoridade e, quando encetada de forma solitária, individual, por mais nobres que sejam os nossos desígnios de rejeição de toda a sujeição, de nos afastarmos da relação de dominação, em termos políticos leva apenas à própria rejeição pela sociedade. Precisa de ser uma recusa sustentada. É necessário um projeto que vá para além da recusa, uma alternativa real. Para além da simples recusa, ou como parte da recusa, é necessário encontrar alternativas e, acima de tudo, uma nova comunidade. Um projeto que nos afaste da vida nua do homo tantum, o homem simples, e nos conduza ao homo homo, à humanidade elevada à segunda potência, valorizada pela inteligência coletiva e pelo amor da comunidade.