O fanatismo é a única forma de força de vontade acessível aos fracos.Friedrich Nietzsche

sábado, 24 de março de 2012

A estrutura do consumo

Estrutura do consumo é o conjunto de rúbricas agregadas que nos permite analisar a repartição percentual do rendimento pelos diferentes grupos.
 De acordo com a lei de Ernst Engel, à medida que o rendimento das famílias aumenta, o peso das despesas com a alimentação vai baixando, aumentando o peso das despesas destinadas ao lazer, cultura e distrações.
Os fatores económicos não são os únicos determinantes do consumo das famílias. Existem outros fatores, como os sociais, que conduzem as famílias a comprar um determinado bem ou não. A natureza dos bens consumidos traduz a pertença a um certo meio social, a um estatuto social. O consumo torna-se uma espécie de linguagem que permite fazer saber aos outros alguma coisa de nós”.
O fator económico é o aspeto de maior relevância na determinante do consumo, mas a casa, o carro, o vestir, os hábitos culturais, a cultura, o comportamento, o lazer, as distrações, entre outras, são fatores que nos fornecem indicações de um certo estatuto social.
A classe social é uma das variáveis que interfere no consumo, não sendo apenas o rendimento que determina a classe social, mas também a educação, ocupação, etc. que vão determinar a preferência por determinados produtos e os comportamentos dentro das classes sociais.
Um trabalhador não qualificado pode até auferir um rendimento superior a um trabalhador qualificado, mas os gostos e preferências na aquisição de bens de consumo serão muito diferentes.
Sociedade do consumo é uma característica do mundo desenvolvido, onde a oferta excede geralmente a procura, os produtos são normalizados e os padrões de consumo massificados.
A publicidade tem aqui o papel importante de promover o consumo recorrendo à criação de novos hábitos e valores que apenas servem uma lógica de expansão e continuo crescimento do consumo.
Consequência disto, assiste-se a uma diminuição do tempo de vida útil dos produtos, promovendo-se a sua substituição precoce, numa espiral consumista delapidadora de recursos e destruidora do nosso equilíbrio ecológico.
Cabe aos consumidores um papel importante na defesa do ambiente, por um lado resistindo aos ímpetos do consumismo adquirindo apenas o essencial, por outro procurar levar menos «lixo» para casa dando preferência a produtos em que se utiliza o mínimo indispensável de recursos na sua embalagem e separar os materiais passíveis de serem reciclados, por forma a minimizar a delapidação dos recursos naturais e o equilíbrio ecológico.
Para satisfazer as necessidades do dia-a-dia precisamos de adquirir produtos, bens de consumo. Não podemos viver sem consumir e é precisamente através do consumo que procuramos satisfazer as nossas necessidades, procuramos melhorar o nosso bem-estar e dignidade de vida.

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